Geral
Bolsas europeias avançam, mas Londres desacelera após queda no varejo
Índices do continente operam em alta, enquanto Londres sente impacto de números negativos nas vendas do varejo britânico.
Por Patricia Lara
São Paulo, 19/12/2025 – As bolsas europeias apresentam desempenhos variados nesta sexta-feira. Londres enfrenta dificuldades para acompanhar o movimento de alta dos demais mercados, após uma queda inesperada nas vendas do varejo britânico, mesmo diante da redução dos empréstimos do governo no mês de novembro. O setor de defesa também registra oscilações, após a União Europeia aprovar financiamento para a Ucrânia, fortalecendo o país diante do conflito com a Rússia.
Por volta das 7h23 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,02%, aos 585,51 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt avançava 0,23%, Londres registrava leve alta de 0,01% e Paris ganhava 0,10%. Os mercados de Milão e Lisboa subiam 0,37% e 0,41%, respectivamente, enquanto Madri tinha alta de 0,02%.
Segundo a Pantheon Economics, "o período caótico que antecedeu o Orçamento afetou o consumo, levando as vendas no varejo a duas quedas mensais consecutivas, após quatro meses de altas entre junho e setembro. Os descontos antecipados da Black Friday deram um pequeno impulso, mas apenas marginalmente." A consultoria avalia que as vendas no varejo devem impactar negativamente o crescimento do PIB britânico no quarto trimestre.
Em Londres, o índice FTSE 350 General Retailers caía 0,33%. Entre as principais quedas do setor estavam a WHSmith, com recuo de 4,7%, a Currys, que caiu 2,9%, e a Marks & Spencer, com baixa de 1,3%.
No setor de defesa, as ações apresentaram movimentos distintos após a União Europeia aprovar um empréstimo sem juros de 90 bilhões de euros à Ucrânia para cobrir necessidades militares e orçamentárias em 2026 e 2027. O financiamento será obtido no mercado, sem congelamento de ativos russos. Em Frankfurt, a Rheinmetall recuava 0,19%, enquanto a Leonardo avançava 0,75% em Milão.
Em Madri, o BBVA subia 1,6% após receber autorização do Banco Central Europeu para realizar um programa de recompra de ações, no valor de até 3,96 bilhões de euros (US$ 4,64 bilhões). A iniciativa busca aumentar o retorno aos acionistas após o fracasso na tentativa de aquisição do Sabadell.
Contato: [email protected]
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
5DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil