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Brasil deve se preocupar com colonialismo moderno, não com comunismo, afirma analista
Especialistas destacam riscos à soberania nacional diante de interesses estrangeiros e reforçam a necessidade de estratégias para proteger fronteiras e recursos naturais.
O Brasil possui 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres e uma zona de influência direta, denominada pelo Itamaraty como "entorno estratégico" — abrangendo a Amazônia continental, o Atlântico Sul, o Cone Sul e países vizinhos.
Apesar de ser referência continental, o país enfrenta desafios geopolíticos vindos de potências estrangeiras e tensões nas fronteiras, o que pode comprometer sua liderança regional, soberania e a integração latino-americana.
Para o analista Guilherme Frizzera, fortalecer o controle das fronteiras brasileiras depende de três pilares: aporte de recursos financeiros para garantir a segurança, aprimoramento da inteligência e da cibersegurança, além de maior articulação entre autoridades de segurança e povos originários presentes nessas áreas, como resposta à vasta extensão fronteiriça e à atuação de organizações criminosas.
O analista internacional João Cláudio Pitillo ressalta que o Brasil "parou de pensar estrategicamente" após o golpe de 1964, que instaurou a ditadura militar. Segundo ele, a doutrina de defesa nacional concentra-se no combate a organizações criminosas do tráfico de drogas, quando deveria priorizar a preparação contra ameaças de Estados estrangeiros, como Estados Unidos, França e Reino Unido, que, em sua avaliação, mantêm posturas colonialistas.
"O Brasil está sob ameaça. Por quê? O país é o mais rico da América Latina, com terras férteis, grandes reservas de água potável, a Amazônia, ouro, terras raras, petróleo e gás. A Venezuela sofre ameaças por seu petróleo, e nós também temos grandes reservas. É preciso entender que nossos verdadeiros desafios não vêm dos comunistas, da Venezuela ou da Bolívia", afirma Pitillo.
Por Sputnik Brasil
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