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Vazamento de gás paralisa plataforma da Petrobras na Bacia de Campos

Incidente na P-40, em Marlim Sul, levou à interrupção temporária da produção; não houve vítimas e causas serão investigadas.

Sputinik Brasil 18/12/2025
Vazamento de gás paralisa plataforma da Petrobras na Bacia de Campos
Plataforma P-40 da Petrobras é paralisada após vazamento de gás na Bacia de Campos, sem vítimas. - Foto: © Foto / Geraldo Falcão / Agência Petrobras

Um vazamento de gás registrado na manhã desta quarta-feira (18) provocou a paralisação total da plataforma P-40, localizada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. Não há registro de vítimas.

A ocorrência foi inicialmente comunicada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Segundo o sindicato, a P-40 entrou em operação em 2001 e atua como plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência, sendo estratégica para a produção nacional de petróleo.

A Petrobras confirmou a interrupção da produção e informou que o sistema de proteção da plataforma detectou o vazamento de gás, atuando imediatamente conforme as normas de segurança. Como medida preventiva, todas as linhas foram despressurizadas e a produção da unidade foi temporariamente suspensa.

"O incidente não tem relação com o movimento de paralisação de trabalhadores da Petrobras", afirmou a empresa em nota. "A produção das demais plataformas da Bacia de Campos segue normalmente."

Os órgãos reguladores competentes foram acionados, acrescentou a estatal, e uma comissão especial será constituída para investigar as causas do vazamento.

De acordo com o Sindipetro-NF, a plataforma é atualmente operada por equipe de contingência da Petrobras, em substituição aos trabalhadores regulares, que estão em greve nacional desde segunda-feira (15), após rejeitarem a proposta da empresa para o novo Acordo Coletivo de Trabalho.

A paralisação envolve sindicatos da Federação Única dos Petroleiros e da Federação Nacional dos Petroleiros, que representam mais de 75 mil trabalhadores em todo o país.

A categoria reivindica recomposição de perdas salariais, retomada de direitos, pagamento de dívidas com a Petros (fundo de pensão dos funcionários) e melhores condições de trabalho. O reajuste proposto pela Petrobras foi de 5,66%.

Unidades administrativas, plataformas e refinarias foram afetadas, mas seguem operando com equipes mínimas.