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Haddad afirma que gostaria de ter avançado mais com agências de risco, mas destaca avanços
Ministro da Fazenda ressalta esforços para recuperar grau de investimento e avalia legado positivo à frente da pasta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (18) que seguirá empenhado em buscar o grau de investimento enquanto estiver à frente da pasta. “Consegui lá na cidade de São Paulo, queria ter conseguido aqui também, lógico”, admitiu.
Haddad explicou que houve avanços com todas as agências de risco, chegando a ficar “a meio passo de reconquistar o grau de investimento” em uma delas. “Prefiro considerar o conjunto da obra, nós avançamos, gostaria de ter avançado mais”, avaliou.
Questionado sobre expectativas não atendidas, o ministro disse que gostaria de ter herdado menos problemas e destacou as condições políticas e econômicas desafiadoras ao assumir o cargo. “Tudo somado, a gente está deixando uma situação bem melhor do que herdou”, afirmou.
Ao defender o presidente Lula, Haddad criticou tentativas de associar o petista à irresponsabilidade fiscal. “Ficam no afã de dar ao petista a pecha de irresponsável fiscalmente, o que ele nunca foi, um pouco para aliviar os governos de direita e extrema-direita que pretendem disputar a eleição no ano que vem. Disputa, mas com base em fatos verídicos. Criar uma falsa narrativa não fica bem”, declarou, sem citar nomes.
Contratempos em 2025
Sobre o cenário para 2025, Haddad mencionou contratempos desde maio, como questionamentos sobre as prerrogativas do presidente para aumentar alíquotas do IOF. “Foi um período pouco tradicional, fomos tendo que levar essa discussão mais tempo do que imaginávamos até convencer o Parlamento”, relatou.
O ministro acrescentou que a equipe econômica ainda não concluiu a análise de impacto de algumas medidas aprovadas. “Devedor contumaz certamente vai gerar um impacto positivo para a economia”, projetou, ressaltando que ainda não há dados consolidados sobre o projeto e sua compensação.
Haddad lembrou que especialistas duvidaram do cumprimento das metas fiscais, mas garantiu que as metas fixadas têm respaldo técnico. “Decidimos fixar meta crível, que digam que é exigente, demandante, mas possível”, enfatizou.
Segundo ele, a equipe está tranquila e preparada para tomar as medidas necessárias, tanto em despesas quanto em receitas, para cumprir a meta prevista na LDO. “O trabalho na Fazenda é difícil mesmo, muito exaustivo de conversar com todo mundo e de explicar mil vezes a mesma tese”, comentou.
Por fim, Haddad destacou que chegou ao fim do ano com todas as matérias apreciadas, mesmo reconhecendo que “nunca é como a Fazenda quer”.
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