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Tesouro Nacional aprova empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios
Operação financeira visa reestruturação da estatal, com juros reduzidos e garantia do governo federal
O Tesouro Nacional aprovou um empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios, com garantia do governo federal em caso de inadimplência da estatal. A medida integra o processo de reestruturação da empresa pública.
Segundo informações do G1, a taxa de juros definida ficou em 115% do CDI, abaixo do teto de 120% estipulado pelo Tesouro. A redução da taxa foi determinante para a aprovação do empréstimo, após a rejeição da proposta anterior devido ao custo elevado.
A Caixa Econômica Federal passou a integrar o grupo de bancos que financiará a operação, ao lado de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
De acordo com o Tesouro, a queda da taxa de 120% para 115% do CDI pode gerar uma economia de até R$ 5 bilhões em juros, em relação à proposta anterior.
"A partir de agora, as minutas contratuais serão negociadas entre as partes envolvidas, sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Tesouro Nacional", informou o órgão em nota.
Durante coletiva nesta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que não haverá privatização dos Correios enquanto estiver à frente do governo.
"Enquanto eu for presidente, não tem privatização dos Correios."
Os Correios enfrentam crescente pressão para reduzir despesas, especialmente com a folha de pagamento, que deve alcançar R$ 15,1 bilhões em 2025 devido a benefícios superiores à CLT, garantidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Em meio à queda de receitas e resistência sindical, a estatal aposta na revisão de cláusulas e em um amplo plano de demissões para tentar recuperar o equilíbrio financeiro.
A redução dos custos trabalhistas é um dos principais desafios do plano de reestruturação dos Correios, cuja folha é impactada por benefícios acima do previsto em lei.
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