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Bolsas europeias sobem após corte de juros pelo BoE e projeções otimistas do BCE

Decisão do Banco da Inglaterra impulsiona mercados, enquanto BCE eleva projeção de crescimento para a zona do euro.

18/12/2025
Bolsas europeias sobem após corte de juros pelo BoE e projeções otimistas do BCE
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

As bolsas da Europa encerraram o pregão desta quinta-feira, 18, em alta, refletindo as recentes decisões de política monetária. O Banco da Inglaterra (BoE) cortou os juros em 25 pontos-base, reduzindo a taxa para 3,75%, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) manteve os juros inalterados em 2% pela quarta vez consecutiva.

No fechamento, o índice FTSE 100 registrou alta de 0,65%, aos 9.837,77 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,99%, atingindo 24.197,00 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,80%, a 8.150,64 pontos. O FTSE MIB, em Milão, teve ganho de 0,82%, a 44.463,28 pontos. Em Madri, o Ibex 35 cresceu 1,14%, para 17.131,80 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, subiu 0,71%, a 8.128,00 pontos. Os dados são preliminares.

Pela manhã, o BoE retomou o ciclo de flexibilização monetária após pausa em setembro e novembro, com decisão apertada: cinco votos a favor e quatro contrários à redução dos juros. O comunicado do banco ressaltou que os próximos passos dependerão do comportamento da inflação. Segundo análise da Capital Economics, a postura do BoE foi considerada "hawkish", mas a previsão é de novos cortes ao longo do próximo ano.

O BCE, por sua vez, destacou que a manutenção dos juros "reconfirma que a inflação deve se estabilizar no objetivo de 2% no médio prazo" e revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, 2026 e 2027. Em coletiva, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a política monetária permanece "em boa posição", mas alertou que isso "não significa estar estático".

Entre os destaques do pregão, as holandesas ASML e ASM International, do setor de semicondutores, avançaram cerca de 1,9% cada, acompanhando o desempenho positivo das ações de tecnologia em Nova York. Em contrapartida, as ações da BP, gigante britânica de energia, caíram 1,3% após o anúncio de Meg O'Neill como nova CEO a partir de abril de 2026.

Os setores de defesa (+0,9%), energia (+0,3%) e recursos básicos (+0,6%) estiveram no radar dos investidores, diante das ameaças renovadas do presidente dos EUA, Donald Trump, ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, e da expectativa para o encontro entre representantes americanos e russos em Miami, que deve discutir uma nova rodada de negociações de paz para o conflito no Leste Europeu.