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Dólar reduz queda após pesquisa eleitoral mostrar Lula na liderança; libra recua após decisão do BoE
Moeda americana desacelera perdas com cenário político e incerteza fiscal no Brasil, enquanto libra e Bolsa de Londres caem após corte de juros do Banco da Inglaterra.
O dólar reduziu a queda intradiária na manhã desta quinta-feira, 18, influenciado pela alta do petróleo e do minério, após testar viés de alta pontual, a R$ 5,5239. O movimento ocorre em reação a uma nova pesquisa eleitoral que reforçou a possibilidade de vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todos os cenários de primeiro e segundo turno para 2026. Parte do mercado avalia que o resultado aumenta a incerteza fiscal e sinaliza manutenção do modelo de elevação de receitas via impostos, o que já pressionou o real na véspera, somando-se à valorização global do dólar.
O Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado pelo Banco Central veio em linha com o comunicado e a ata do Copom, mantendo dúvidas sobre o início da flexibilização monetária e fortalecendo a percepção de que é improvável um corte da Selic já em janeiro. Este cenário favorece o carry trade no Brasil.
Enquanto isso, a Bolsa de Londres e a libra esterlina seguem em baixa, com o juro do Gilt de 10 anos em alta, após o Banco da Inglaterra (BoE) realizar o corte de juros esperado.
Segundo pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários para as eleições de 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno. No 1º turno, com Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula aparece com 48,1%, Flávio com 29,3% e Ronaldo Caiado (União Brasil) com 7,2%. No 2º turno, Lula venceria Tarcísio de Freitas (49% a 45%), Michelle Bolsonaro (50% a 45%), Flávio Bolsonaro (53% a 41%), Caiado (49% a 39%), Romeu Zema (49% a 39%) e Ratinho Júnior (49% a 39%).
No RPM, o Banco Central destacou que as expectativas de inflação caíram desde setembro, mas permanecem acima da meta de 3%. A instituição manteve a avaliação de que os riscos para a inflação seguem elevados, destacando como principal preocupação a desancoragem das expectativas por período prolongado, apesar da queda das medianas do Focus para o IPCA de 2026 a 2028. O BC reforçou seu compromisso de convergência da inflação ao centro da meta, de 3%, em carta de acompanhamento sobre o descumprimento do alvo.
No cenário internacional, o Banco da Inglaterra cortou os juros em 25 pontos-base, para 3,75%, citando desaceleração da inflação, que recuou a 3,2% em novembro, e desemprego elevado, em 5,1%.
Na Bolívia, o presidente Rodrigo Paz decretou emergência econômica e social e eliminou subsídios aos combustíveis mantidos há cerca de duas décadas, o que deve elevar em até 100% os preços da gasolina e do diesel.
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