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Chance de estouro do teto da meta da inflação em 2025 cai para 26%, aponta Banco Central

Relatório do BC mostra redução expressiva na probabilidade de inflação acima do teto em 2025; expectativa é de retorno ao centro da meta em 2026.

18/12/2025
Chance de estouro do teto da meta da inflação em 2025 cai para 26%, aponta Banco Central
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O Banco Central reduziu significativamente a estimativa da probabilidade de a inflação superar o teto da meta de 4,50% em 2025, passando de 71% para 26%. Os dados constam no Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado nesta quinta-feira (18). Segundo o BC, a chance de o IPCA ficar abaixo do piso de 1,50% permanece em zero.

A partir deste ano, a meta de inflação passou a ser contínua, calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Caso o índice fique acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. O centro da meta permanece em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

O alvo foi descumprido pela primeira vez em 10 de julho, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA acumulado em 12 meses até junho atingiu 5,35% — acima do teto da meta pelo sexto mês seguido.

No mesmo dia, o Banco Central enviou uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informando que espera ver a inflação acumulada em 12 meses abaixo do teto da meta ao fim do primeiro trimestre de 2026. A expectativa é que o IPCA retorne ao centro da meta, de 3%, até o final do próximo ano.

Para 2026, a chance de a inflação ultrapassar o teto da meta foi revisada de 26% para 23%, enquanto a probabilidade de ficar abaixo do piso subiu de 6% para 7%. Em 2027, a chance de estouro do teto passou de 17% para 16%, e a de queda abaixo do piso, de 11% para 12%.

O Banco Central projeta IPCA de 4,4% em 2025, 3,5% em 2026 e 3,1% em 2027. Para o segundo trimestre de 2028, a última previsão disponível, a expectativa é de inflação em 3,0%.