Geral
Banco Central eleva projeção de crescimento do PIB para 2025
Nova estimativa do BC aponta avanço de 2,3% no PIB em 2025, acima da previsão anterior de 2,0%.
O Banco Central (BC) revisou para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, passando de 2,0% para 2,3%. Os dados constam no Relatório de Política Monetária (RPM) do quarto trimestre, divulgado nesta quinta-feira, 18. A nova estimativa está alinhada à mediana do último relatório Focus, de 2,25%.
O ajuste para 2025 reflete mudanças nas projeções para o PIB agropecuário (de 9,0% para 11,0%), industrial (de 1,0% para 1,6%) e de serviços (de 1,8% para 1,7%). Pela ótica da demanda, o BC revisou as previsões para o consumo das famílias (de 1,8% para 1,5%) e do governo (de 0,5% para 2,0%), Formação Bruta de Capital Fixo (de 3,3% para 3,8%), importações (de 4,5% para 5,0%) e exportações (de 3,0% para 4,0%).
Segundo o BC, a alteração na projeção para 2025 decorre de uma surpresa levemente positiva no terceiro trimestre, da reavaliação do desempenho esperado para o quarto trimestre e da revisão das séries históricas, especialmente relevantes para a agropecuária. "Para a indústria e o setor de serviços, o impacto agregado das revisões das séries foi pequeno, embora significativo em alguns segmentos específicos. Pela ótica da demanda, a revisão afetou principalmente a estimativa para o consumo do governo", informou o BC no documento.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB foi ajustada de 1,5% para 1,6%, abaixo da mediana do Focus, de 1,80%. No período, o BC revisou as estimativas para o PIB agropecuário (de 1,0% para 0,5%), da indústria (de 1,4% para 1,9%) e de serviços (de 1,5% para 1,6%). Pela demanda, as previsões foram ajustadas para o consumo das famílias (de 1,4% para 1,5%), consumo do governo (de 1,0% para 1,5%), FBCF (de 0,3% para 1,0%), enquanto as importações permaneceram em 1,0% e as exportações foram revistas de 2,5% para 2,0%.
Na avaliação do BC, a expectativa é de crescimento moderado ao longo de 2026. Entre os fatores que influenciam esse cenário estão a manutenção da política monetária em campo restritivo, o baixo nível de ociosidade dos fatores de produção, a perspectiva de desaceleração da economia global e a ausência do impulso agropecuário observado em 2025. "A dinâmica projetada também incorpora os efeitos de medidas recentes com impacto potencial sobre a demanda, como a isenção ou desconto no IRPF para as faixas iniciais de renda", detalhou o BC.
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