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Putin alerta para expansão de ofensiva russa na Ucrânia caso negociações fracassem
Presidente russo afirma que Moscou pode ampliar operações militares se demandas não forem atendidas por Kiev e aliados ocidentais.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira, 17, que a Rússia buscará ampliar seus ganhos territoriais na Ucrânia caso Kiev e seus aliados ocidentais rejeitem as exigências do Kremlin nas negociações de paz.
Durante reunião anual com altos oficiais militares, Putin declarou que Moscou prefere alcançar seus objetivos e "eliminar as causas raízes do conflito" por meios diplomáticos. No entanto, advertiu: "Se o lado oposto e seus patronos estrangeiros se recusarem a engajar em um diálogo substantivo, a Rússia alcançará a libertação de suas terras históricas por meios militares".
Putin fez referência aos territórios ucranianos ocupados pela Rússia — ação amplamente condenada pelo Ocidente como violação da soberania ucraniana e ato de agressão não provocada.
O líder russo ressaltou que "o exército russo tomou e está firmemente segurando a iniciativa estratégica ao longo de toda a linha de frente" e alertou que Moscou poderá expandir uma "zona de segurança de buffer" na fronteira.
"Nossas tropas são diferentes agora, estão endurecidas pela batalha e não há outro exército assim no mundo atualmente", afirmou.
Putin também exaltou o fortalecimento das Forças Armadas russas, destacando a modernização do arsenal nuclear — com ênfase no novo míssil balístico de alcance intermediário Oreshnik, capaz de transportar ogivas nucleares e que, segundo ele, entrará oficialmente em serviço neste mês. A Rússia testou uma versão convencional do Oreshnik contra uma fábrica ucraniana em novembro de 2024, e Putin afirmou que o míssil é impossível de ser interceptado.
Ao mesmo tempo, rejeitou declarações de autoridades europeias sobre supostos planos russos de atacar outros países do continente, classificando-as como "mentiras e puro absurdo... impulsionados por interesses políticos pessoais ou de grupo de curto prazo, não pelos interesses de seus povos".
Com informações da Associated Press.
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