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Diretor do Fed defende interação entre banco central e governo dos EUA
Christopher Waller destaca transparência e responsabilidade pública em evento da Yale, além de comentar sobre juros, regulamentação bancária e inteligência artificial.
O diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, afirmou nesta quarta-feira (17) que não há problema em haver interações entre o banco central dos Estados Unidos e o governo do país. Durante uma rodada de perguntas no Summit de CEOs da Unidade de Yale, Waller ressaltou a importância da transparência e da responsabilidade perante o público.
"As pessoas esquecem que o Fed é independente, mas temos que ser responsáveis perante o público, temos que ser transparentes", afirmou. Ele também destacou que o presidente norte-americano, Donald Trump, "deixou claro" sua opinião sobre o atual nível das taxas de juros.
Waller comentou ainda que regulamentações mais flexíveis podem permitir um balanço patrimonial menor para o Fed, afirmando que o nível atual está de acordo com o desejado. "É provável que a agenda regulatória tenha um impacto maior do que a política do Fed", ponderou. Segundo ele, "os níveis de capital dos bancos estão altos atualmente e continuariam fortes mesmo se fossem flexibilizados. Não é óbvio que a flexibilização das regulamentações bancárias aumentaria muito o risco, mas também não é óbvio que menos regulamentação enfraqueceria os bancos".
O diretor projetou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve ser de cerca de 1,6% este ano. Ele também defendeu que as tarifas não são fonte de inflação persistente, pontuando que seu efeito será "único" e já está em "trajetória de queda". "Não espero ver mais aumentos significativos nas tarifas", acrescentou. Sobre o processo envolvendo tarifas na Suprema Corte, Waller disse que não pode prever o impacto da decisão na política do Fed.
Ao abordar temas de tecnologia, Waller avaliou que não há uma bolha no mercado de inteligência artificial (IA), classificando o momento como de "tecnologia real". No entanto, apontou a falta de fornecimento suficiente de energia para data centers como um desafio, já que esses centros concentram os investimentos em IA e dependem de energia para operar. "O investimento fixo empresarial sem IA está em declínio", observou. Ele também mencionou que as stablecoins devem fortalecer a demanda por dólares americanos.
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