As bolsas europeias encerraram o pregão desta quarta-feira, 17, sem direção única, refletindo a cautela dos investidores diante das decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), previstas para a manhã de quinta-feira.

O destaque positivo ficou com a Bolsa de Londres, onde o índice FTSE 100 subiu 0,92%, aos 9.774,32 pontos, impulsionado pela desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) no Reino Unido, que reforçou as expectativas de flexibilização monetária. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,50%, a 23.955,71 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, caiu 0,25%, a 8.086,05 pontos. O FTSE MIB, em Milão, avançou 0,25%, a 44.099,48 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve leve alta de 0,08%, a 16.935,50 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, subiu 0,10%, a 8.070,37 pontos. Os dados são preliminares.

A inflação anual do CPI britânico desacelerou para 3,2% em novembro, abaixo das projeções do mercado. Segundo a Capital Economics, a queda significativa pode levar o presidente do BoE, Andrew Bailey, a antecipar um corte de juros. De acordo com consenso de bancos e consultorias ouvidos pelo Broadcast, a redução deve ser amparada pelo processo de desinflação.

No contexto, ações de bancos britânicos tiveram forte desempenho: Barclays avançou 1,8%, HSBC subiu 2,7%, NatWest ganhou quase 1% e Lloyds registrou alta de 1,1%.

Também nesta quinta-feira, o BCE divulgará sua última decisão de juros do ano, com expectativa de manutenção das taxas pelo quarto encontro consecutivo. Especialistas consultados pelo Broadcast, no entanto, não descartam comentários sobre possíveis ajustes em 2025.

Entre outros destaques, a Phoenix Group, do setor de poupança para aposentadoria, saltou 3,6%, enquanto a construtora Barratt Redrow avançou 3,9%. Por outro lado, a gigante de bebidas Diageo caiu 0,1% após anunciar a venda de sua fatia na East African Breweries para a japonesa Asahi Holdings.

Na Áustria, a Paramount despencou 11% em meio a negociações sobre uma oferta hostil para adquirir a Warner Bros. Discovery.

Setores de energia (+0,7%) e recursos básicos (+1,5%) tiveram ganhos diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e Venezuela, após o presidente americano, Donald Trump, bloquear petroleiros venezuelanos. Persistem preocupações sobre possíveis novas sanções ao setor energético da Rússia caso não haja acordo de paz com a Ucrânia.