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Bolsas europeias avançam com destaque para Londres após alívio na inflação britânica
Índice de preços ao consumidor surpreende e reforça expectativa de corte de juros pelo Banco da Inglaterra nesta quinta-feira.
Por Patricia Lara
As bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira (17), com o mercado londrino liderando os ganhos após a inflação ao consumidor no Reino Unido desacelerar mais do que o esperado. O resultado reforça a expectativa de flexibilização monetária pelo Banco da Inglaterra (BoE), que decide sobre juros nesta quinta-feira.
Por volta das 7h31 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,5%, aos 582,58 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt avançava 0,14%, Londres registrava alta de 1,7% e Paris operava próxima à estabilidade, com leve queda de 0,03%. Os mercados de Milão e Lisboa subiam 0,6%, enquanto Madri apresentava alta de 0,5%.
Segundo o Société Generale, a primeira queda nos preços ao consumidor do Reino Unido em novembro desde janeiro surpreendeu o mercado e trouxe otimismo para os títulos do governo britânico (Gilts). "Os dados tornam o corte de juros do Banco da Inglaterra amanhã uma formalidade", avaliou o banco.
O desempenho positivo da Bolsa de Londres também foi impulsionado pelas ações da Shell, que subiam 2,4% após a valorização do petróleo, motivada pelo bloqueio total dos EUA a petroleiros sancionados entrando e saindo da Venezuela. Em Paris, a TotalEnergies avançava 1,6%.
A Diageo registrava alta de 0,5% em Londres após anunciar a venda de participações majoritárias em duas empresas de bebidas do Quênia para a cervejaria japonesa Asahi, por cerca de US$ 2,3 bilhões.
Em contrapartida, a Enel recuava 0,9% em Milão. A Enel São Paulo informou que, até o momento, não recebeu comunicação formal sobre qualquer ato administrativo ou instauração de procedimento relacionado à sua concessão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apesar de notícias sobre possível início de processo para rompimento do contrato.
Além do CPI britânico, o índice de preços ao consumidor da zona do euro também ficou abaixo das previsões. Na Alemanha, o índice Ifo decepcionou. Segundo James Mashiter, da SEI, os dados econômicos não justificam mudanças na política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que também decide sobre juros nesta quinta-feira.
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