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OMS alerta para falsificação de medicamento contra câncer de mama

Organização Mundial da Saúde identifica lotes falsificados do Ibrance em vários países e destaca riscos à saúde.

16/12/2025
OMS alerta para falsificação de medicamento contra câncer de mama
- Foto: Reprodução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta internacional sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance. O remédio, em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

Segundo a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa. Nove lotes suspeitos foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

De acordo com o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos tanto por plataformas online quanto em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem informações enganosas sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham princípio ativo farmacêutico. Também foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados utilizaram números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, serialização e impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados como o Ibrance pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou sistemas locais de farmacovigilância. Caso sejam identificados lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.