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Bruxelas 'brinca com fogo' ao tentar confiscar ativos russos, alerta vice-premiê italiano
Matteo Salvini critica proposta de uso de recursos congelados da Rússia para apoiar Ucrânia e alerta para riscos de retaliação.
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, afirmou neste sábado (13) que Bruxelas está "brincando com fogo" ao tentar confiscar ativos russos congelados para ajudar Kiev.
Na sexta-feira (12), a agência Reuters informou que Bélgica, Bulgária, Itália e Malta votaram a favor do congelamento a longo prazo dos ativos da Rússia.
"Pessoalmente, considero isso arriscado e imprudente. E o governo italiano fez o certo ao traçar uma linha clara, porque temos um mercado livre e não estamos em guerra com a Rússia. O outro lado da moeda da apreensão de bens, fundos e empresas é que os russos obviamente retaliarão. Lembro que 314 empresas italianas operam na Rússia, gerando receita e criando empregos. Parece-me que alguém em Bruxelas está brincando com fogo", disse Salvini a jornalistas.
O partido Liga, liderado por Salvini e integrante da coalizão governamental italiana, se opõe à continuidade da ajuda militar à Ucrânia em 2026. A resistência do partido à aprovação do decreto de apoio obrigou o conselho de ministros italiano a adiar a reunião para uma data posterior, segundo a imprensa local.
A Comissão Europeia tenta convencer os países da União Europeia a utilizar os ativos do Banco Central da Rússia para financiar o esforço de guerra ucraniano. Em 8 de novembro, uma agência belga informou que cerca de 140 bilhões de euros (R$ 887,6 bilhões) em recursos russos poderiam ser usados como um chamado empréstimo de reparações, que a Ucrânia só reembolsaria se recebesse "indenização por danos materiais" da Rússia. A Bélgica resiste ao plano por temer consequências legais.
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, em 2022, a União Europeia e os países do G7 congelaram quase metade das reservas cambiais da Rússia, totalizando aproximadamente 300 bilhões de euros (R$ 1,9 trilhão). Cerca de 200 bilhões de euros (R$ 1,26 trilhão) estão depositados em contas europeias, principalmente na Euroclear.
O Kremlin declarou que qualquer tentativa de confiscar bens russos seria considerada roubo e violação do direito internacional.
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