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Aeroporto de Congonhas enfrenta caos após cancelamentos por ventania em SP
Mais de 160 voos foram cancelados devido a ventos de quase 100 km/h; passageiros relatam falta de informação e assistência.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, registrou caos na noite desta quarta-feira, 10, após 167 voos serem cancelados em razão da forte ventania que atingiu a capital paulista. O fenômeno, provocado por um ciclone extratropical na Região Sul do País, trouxe ventos de até 98 quilômetros por hora.
As filas de passageiros à espera de vouchers de hospedagem ou remarcação de voos ocuparam toda a extensão do andar térreo do terminal, chegando a contornar a área de alimentação.
Muitos viajantes aguardavam desde a manhã ou início da tarde para embarcar e, visivelmente cansados, reclamavam da falta de comunicação clara e de assistência por parte das companhias aéreas.
A funcionária pública Márcia Aguiar, que saiu de Brasília em um voo da Gol com quatro colegas, enfrentou sucessivos atrasos até receber a confirmação do cancelamento. "A gente entende o mau tempo, o que não dá pra aceitar é não ter informação, suporte nenhum da companhia, é esse descaso", relatou ao Estadão. Procurada, a Gol ainda não se manifestou.
Heloisa Fernandes, que viajaria pela Azul para Belo Horizonte por volta das 15h, também não foi notificada sobre o cancelamento após sucessivos atrasos. "Estou na fila desde as 17h, quando vim até aqui (a área com os painéis) e soube que meu voo não ia mais sair. Não sei se tem voo amanhã, deram uma lista de restaurantes onde podemos comer, mas não posso sair da fila", contou. A Azul também não se pronunciou.
Uma funcionária da companhia informou aos passageiros que não havia mais vagas em hotéis e que seria disponibilizado um ônibus para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para quem optasse por essa alternativa. Passageiros com destino a outras cidades foram orientados a permanecer na fila.
No atendimento da Gol, por volta das 20h15, a situação era ainda mais tensa, com passageiros gritando e cobrando soluções. Alguns chegaram a bater palmas pedindo "lanche", já que a companhia ainda não havia liberado alimentação aos clientes.
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