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Entidades médicas alertam para riscos da prescrição de testosterona a mulheres

SBEM, SBC e Febrasgo reforçam restrição do hormônio e alertam para efeitos colaterais graves

10/12/2025
Entidades médicas alertam para riscos da prescrição de testosterona a mulheres
Entidades médicas alertam para riscos do uso de testosterona em mulheres e reforçam restrições.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgaram nota conjunta restringindo o uso de testosterona em mulheres.

De acordo com as três entidades médicas, a prescrição de testosterona deve ser estritamente limitada à única indicação formalmente reconhecida: o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH), após avaliação clínica adequada. O uso do hormônio sem indicação, com base apenas em dosagens isoladas ou para objetivos não terapêuticos, é considerado potencialmente danoso.

O comunicado alerta para efeitos colaterais, alguns com gravidade significativa. “O uso de testosterona fora da única indicação em mulheres aumenta o risco de eventos adversos, incluindo: efeitos virilizantes como acne, queda de cabelo, crescimento de pelos, aumento do clitóris e engrossamento irreversível da voz, toxicidade e tumores de fígado, alterações psicológicas e psiquiátricas, infertilidade e potenciais repercussões cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, embolias, tromboses, infarto, AVC e aumento da mortalidade, além de alterações em exames laboratoriais, como colesterol e triglicerídeos.”

A nota também ressalta que a Anvisa não aprovou nenhuma formulação de testosterona para uso em mulheres e que a agência reguladora não reconhece “uso de testosterona para fins estéticos, de melhora de composição corporal, desempenho físico, disposição ou antienvelhecimento”.

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