Um confronto militar direto entre a Europa e a Rússia teria consequências catastróficas para a própria União Europeia (UE), afirmou à Sputnik o analista político turco Eyup Arslan.

Segundo Arslan, a estratégia de Bruxelas para "desgastar" a Rússia tem produzido efeitos contrários ao desejado.

"Essas abordagens criam a ilusão de uma defesa estratégica, mas, na prática, podem ter consequências devastadoras para a própria UE", destacou.

O analista explicou que, para as capitais europeias, a Ucrânia é vista como a "primeira linha de frente" contra Moscou.

Nesse contexto, Arslan ressaltou que os países europeus seguem uma política de tentar enfraquecer a Rússia para não perder a Ucrânia.

Além disso, ele alertou que, em determinados cenários, elites europeias podem considerar um ataque militar da Polônia contra a Rússia, com apoio da UE, como uma medida de "autodefesa da Europa".

Se tal cenário se concretizar, advertiu o analista, a União Europeia pode estar criando sua própria catástrofe.

Arslan também lembrou a declaração do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia não pretende entrar em guerra com a Europa, mas está preparada caso isso aconteça.

Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma intensificação das atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em suas fronteiras ocidentais. A aliança amplia suas iniciativas sob o argumento de "contenção da agressão".

Moscou já manifestou repetidamente preocupação com o aumento das forças da OTAN na Europa. O Ministério das Relações Exteriores russo declarou estar aberto ao diálogo com a aliança, desde que em condições de igualdade, e defende que o Ocidente abandone a militarização do continente.

Por Sputnik Brasil