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JPMorgan prevê gastos acima do esperado para 2026 e alerta para consumo fragilizado nos EUA
Banco projeta despesas de US$ 105 bilhões em 2026 e destaca preocupação com a resiliência do consumidor americano.
O JPMorgan anunciou a conclusão de seu orçamento para 2026, prevendo gastos superiores às expectativas do mercado e alertando para a fragilidade do consumo nos Estados Unidos. As informações foram divulgadas por Marianne Lake, co-CEO de Consumo e Bancos Comunitários do JPMorgan, durante conferência do Goldman Sachs nesta terça-feira, conforme reportado pelo Wall Street Journal.
Segundo Lake, o banco planeja desembolsar US$ 105 bilhões em 2026, valor superior aos US$ 95,9 bilhões estimados para este ano e acima das projeções da FactSet, que apontavam para US$ 101 bilhões. Os recursos serão destinados principalmente a remuneração, marketing de produtos e investimentos estratégicos. Lake destacou que o JPMorgan está satisfeito com o nível de gastos e os resultados obtidos até agora.
Por outro lado, a executiva alertou para um ambiente de consumo fragilizado nos EUA, já que os americanos têm cada vez menos reservas financeiras para enfrentar possíveis estresses econômicos. Ela observou que, nos últimos anos, a população tem gastado mais do que recebe, reduzindo o volume de poupança.
"Consumidores e pequenos negócios parecem resilientes, mas há menor capacidade de suportar estresses adicionais", avaliou Lake, acrescentando que já é possível notar desaceleração nos setores de restaurantes e varejo.
Lake também chamou atenção para o enfraquecimento da demanda por mão de obra, que pode impactar ainda mais o consumo. Em sua avaliação, a taxa de desemprego nos EUA deve subir em 2026, enquanto os preços permanecem elevados e o sentimento dos americanos segue em baixa, aumentando a pressão sobre o consumo.
Na segunda-feira, o JPMorgan anunciou a nomeação de Todd Combs como novo chefe de Investimentos Estratégicos do banco. Combs deixará o cargo de gestor de investimentos na Berkshire Hathaway para assumir a posição, decisão que surpreendeu o mercado, segundo a Lountzis Asset Management.
Com informações da Dow Jones Newswires
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