Cerca de um terço dos eleitores registrados de Hong Kong compareceu às urnas neste domingo, 7, para eleger um novo Parlamento de 90 integrantes. O aumento no comparecimento evitou um constrangimento para o governo local, mas não significou um endosso expressivo à reforma eleitoral, que excluiu a oposição antes atuante no território chinês.

A taxa de participação alcançou 31,9%, superando os 30,2% registrados em 2021, na primeira eleição sob o novo sistema. Ainda assim, o índice permanece bem abaixo dos patamares anteriores à reforma, quando a participação ultrapassava 50%.

Desde a repressão que restringiu a dissidência, muitos dos 4,1 milhões de eleitores da cidade, especialmente apoiadores da democracia, afastaram-se da política. Atualmente, candidatos precisam passar por uma triagem para garantir alinhamento com o governo chinês. Segundo as autoridades, as mudanças visam garantir estabilidade após os protestos de 2019.

Para incentivar a participação, o governo investiu em uma ampla campanha: ampliou o número de locais de votação, estendeu o horário das urnas e promoveu debates entre candidatos. Mesmo assim, a insatisfação pública com o governo, agravada pelo incêndio em um conjunto de apartamentos que matou ao menos 159 pessoas no mês passado, ameaçava desmotivar parte do eleitorado.

No fim, o comparecimento foi suficiente para elevar levemente a taxa em relação ao pleito anterior.

Na véspera da votação, as autoridades chinesas convocaram a imprensa estrangeira para uma reunião incomum, alertando sobre a necessidade de respeito às leis de segurança nacional da cidade.

Fonte: Associated Press.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.