As bolsas da Europa encerraram o pregão desta sexta-feira, 5, sem direção única, refletindo a cautela dos investidores diante de novos dados econômicos e declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). O cenário antecede a aguardada decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana.

Diferentemente de outras praças europeias, Frankfurt registrou desempenho positivo mais expressivo, com o índice DAX avançando 0,66%, a 24.038,71 pontos, acumulando alta semanal de 1,14%.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,45%, fechando a 9.667,01 pontos e acumulando queda de 0,28% na semana. O CAC 40, de Paris, perdeu 0,09% no dia, mas encerrou a semana em leve alta de 0,19%, aos 8.114,74 pontos. Já em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,20%, para 43.432,77 pontos, mas registrou ganho semanal de 0,49%. O Ibex 35, de Madri, caiu 0,35%, a 16.688,50 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,49%, a 8.198,25 pontos, mas acumulou avanço de 0,93% na semana. Os dados são preliminares.

No campo dos indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, e 1,4% na comparação anual. Na Alemanha, as encomendas à indústria subiram 1,5% em outubro frente a setembro. Segundo a Oxford Economics, a expansão do emprego na zona do euro deve sustentar o consumo privado e o crescimento estável do PIB, embora haja riscos de deterioração das perspectivas devido ao atraso em estímulos fiscais na Alemanha.

No Reino Unido, o BoE comunicou que reguladores financeiros anunciaram "um conjunto de novas medidas projetadas para apoiar o crescimento do setor de sociedades mútuas". Em entrevista coletiva, o diretor executivo de estratégia de estabilidade financeira do BC britânico, Nathanael Benjamin, alertou para o aumento e a maior interconexão dos riscos à estabilidade neste ano.

No mercado de ações, os bancos britânicos lideraram as quedas, com destaque para Lloyds e HSBC, ambos recuando mais de 1%. Entre outros destaques, a rede britânica Greggs avançou cerca de 5,28% após relatório otimista do JPMorgan, enquanto a seguradora Swiss Re despencou 6,53% devido à previsão de lucro considerada fraca.

Com informações da Dow Jones Newswires