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Recusa da política imperial e realismo: analista avalia nova estratégia de segurança nacional dos EUA

Especialista russo aponta mudança pragmática na postura dos EUA, que deixam de lado papel de 'policial do mundo' e priorizam interesses nacionais.

05/12/2025
Recusa da política imperial e realismo: analista avalia nova estratégia de segurança nacional dos EUA
Nova estratégia dos EUA prioriza interesses nacionais e abandona postura de 'policial do mundo', diz analista. - Foto: © Sputnik / Anton Denisov / Acessar o banco de imagens

A nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, divulgada na sexta-feira (5), é marcada pelo realismo e pragmatismo, sinalizando o abandono da política imperial por parte de Washington, conforme avaliou à Sputnik o analista político russo Konstantin Blokhin.

Segundo Blokhin, o novo documento indica que os EUA deixam de lado o papel de "semeadores e exportadores de democracia" e de "policial do mundo".

"[A estratégia de segurança nacional dos EUA] está impregnada pelo espírito de realismo e pragmatismo. Trata-se de uma tentativa de resgatar o senso perdido da política real. Diferentemente de administrações anteriores, vemos agora um esforço para ancorar a política externa dos Estados Unidos em seus interesses nacionais", ressaltou.

O analista também destacou que a estratégia enfatiza os principais adversários e concorrentes geopolíticos dos EUA, como China e Irã.

De acordo com Blokhin, a nova diretriz reflete a orientação da política externa do governo Donald Trump.

Atualmente, Washington busca se posicionar como pacificador e mediador global em negociações entre diferentes atores internacionais, observou.

O especialista acrescentou que Trump adota uma diplomacia itinerante semelhante à do ex-secretário de Estado Henry Kissinger, exemplificada pelas visitas do enviado especial Steve Witkoff a Moscou, Kiev e Washington.

Na sexta-feira (5), os Estados Unidos divulgaram oficialmente sua nova estratégia de segurança nacional. O documento afirma que as negociações para encerrar o conflito na Ucrânia são de interesse fundamental para os EUA, inclusive para restabelecer a estabilidade estratégica com a Rússia.

Por Sputnik Brasil