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EUA divulgam nova estratégia de segurança com tom mais conciliador em relação à Rússia
Documento da Casa Branca prioriza negociações de paz na Ucrânia, busca estabilidade estratégica e revê postura sobre expansão da OTAN.
A Casa Branca apresentou nesta sexta-feira (5) a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, sinalizando uma abordagem mais moderada nas relações com a Rússia e propondo mudanças na política em relação à OTAN.
De acordo com o documento, um dos principais objetivos da política externa norte-americana é negociar com urgência a paz na Ucrânia e restabelecer a estabilidade estratégica com a Rússia.
"É de interesse central dos Estados Unidos negociar uma suspensão rápida das hostilidades na Ucrânia, a fim de estabilizar as economias europeias, evitar a escalada ou expansão não intencional da guerra e restabelecer a estabilidade estratégica com a Rússia, bem como permitir a reconstrução pós-conflito da Ucrânia para assegurar sua sobrevivência como Estado viável", afirma o texto.
Entre as prioridades para a Europa, o documento destaca a necessidade de restabelecer a estabilidade no continente e reavaliar a percepção de que a OTAN está em constante expansão.
"Nossa política abrangente para a Europa deve priorizar: restabelecer as condições de estabilidade dentro do continente e a estabilidade estratégica com a Rússia; [...] pôr fim à percepção, e impedir a realidade, de que a OTAN é uma aliança em expansão perpétua", sublinha o documento.
O texto também observa que o conflito na Ucrânia enfraqueceu a economia europeia e evidencia contradições nas relações com autoridades europeias, muitas das quais, segundo a Casa Branca, "violam os princípios fundamentais da democracia para suprimir a oposição".
"A maioria europeia significativa deseja a paz, mas esse anseio não se traduz em política, em grande parte devido à erosão dos processos democráticos por esses governos. Isso é estrategicamente relevante para os Estados Unidos, precisamente porque os países europeus não podem realizar reformas enquanto estiverem presos em uma crise política".
Washington critica ainda as contradições com representantes da União Europeia, que, de acordo com o documento, alimentam expectativas irreais quanto à continuidade das hostilidades e desrespeitam princípios democráticos ao silenciar a oposição.
"Os Estados Unidos resistirão às restrições antidemocráticas às liberdades fundamentais promovidas por elites europeias", afirma o texto.
O documento também reconhece os desafios para ampliar a influência dos EUA na América Latina, devido a alianças políticas regionais com atores externos.
"Parte dessa influência estrangeira será difícil de reverter, em razão dos alinhamentos políticos entre certos governos latino-americanos e determinados atores internacionais", aponta a nova estratégia de segurança nacional.
Em relação à África, os Estados Unidos planejam substituir o modelo tradicional de ajuda por uma cooperação baseada em investimentos.
Por Sputnik Brasil
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