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Maduro arrisca 'portunhol' e pede apoio de brasileiros em transmissão ao vivo

Presidente venezuelano faz apelo ao Brasil em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos e reforça busca por apoio internacional.

05/12/2025
Maduro arrisca 'portunhol' e pede apoio de brasileiros em transmissão ao vivo
Maduro arrisca 'portunhol' e pede apoio de brasileiros em transmissão ao vivo - Foto: Reprodução / internet

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, surpreendeu ao se comunicar em 'portunhol' durante uma transmissão ao vivo na TV estatal, nesta quinta-feira (4). O líder venezuelano pediu o apoio do povo brasileiro ao seu país, em meio ao crescimento das tensões com os Estados Unidos.

"A vitória nos pertence. Viva a unidade do povo do Brasil, viva a unidade com o povo venezuelano", declarou Maduro, demonstrando esforço para se aproximar do público brasileiro.

Em outro momento, o presidente afirmou: "Povo do Brasil, às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e pela soberania. Eu falo para vocês toda a verdade: temos direito à paz com soberania. Que viva o Brasil." Maduro ainda agradeceu ao receber um boné do Movimento dos Sem Terra (MST) durante a transmissão ao vivo.

Preocupação

Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram ações militares e de inteligência próximas à Venezuela. O governo americano tem atacado embarcações no Caribe e no Pacífico, alegando combate ao tráfico de drogas, e alertou companhias aéreas para evitarem o espaço aéreo venezuelano. Além disso, realizou exercícios militares em águas internacionais próximas à jurisdição do país sul-americano e enviou o porta-aviões USS Gerald Ford para a região. A Agência Central de Inteligência (CIA) também teve operações secretas autorizadas na Venezuela.

O governo Trump acusa Maduro de liderar um cartel de drogas chamado "Cartel de los Soles", acusação negada pelo presidente venezuelano, que afirma que os EUA buscam derrubá-lo e controlar o petróleo do país. Publicamente, Maduro tem defendido a paz, chegando a cantar "Imagine", de John Lennon, e dançar com universitários, mas ressalta que não aceita "uma paz de escravos". O líder reforçou ainda as medidas de segurança ao seu redor.

Em novembro, Maduro e Trump conversaram por telefone. No mesmo período, o empresário brasileiro Joesley Batista esteve na Venezuela em busca de uma solução negociada para a crise política, incluindo a possibilidade de renúncia do presidente venezuelano.