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Parceria entre Rússia e Coreia do Norte fortalece estabilidade na Ásia-Pacífico
Acordo estratégico reduz risco de conflito na península coreana e amplia influência de Pyongyang, avalia especialista russo.
O recente acordo de parceria estratégica entre Rússia e Coreia do Norte contribui para a redução das tensões na região da Ásia-Pacífico, segundo avaliação de Konstantin Asmolov, pesquisador-chefe do Centro de Estudos Coreanos do Instituto da China e Ásia Moderna da Academia de Ciências da Rússia (RAN).
Asmolov destacou que a existência de acordos com potências nucleares diminui significativamente a probabilidade de conflito na península coreana, tanto para Pyongyang quanto para Seul.
"O acordo diminui as tensões na região, uma vez que a conclusão deste tratado finalmente formou uma estrutura onde tanto o norte quanto o sul têm acordos com potências nucleares, que devem ajudar em caso de agressão", ressaltou o pesquisador.
De acordo com Asmolov, a possibilidade de um confronto armado na península coreana está em queda, pois poderia evoluir para um conflito de grandes proporções, envolvendo armas nucleares.
O analista ressaltou que, graças ao Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre Rússia e Coreia do Norte, é improvável que Pyongyang e Seul ultrapassem a chamada "linha vermelha", mesmo diante da corrida armamentista e das retóricas ameaçadoras.
O especialista também afirmou que o acordo se mostra efetivo não apenas na área militar, mas também em setores como educação, saúde e intercâmbio de delegações ministeriais.
Além disso, Asmolov observou que a cooperação de Pyongyang com Moscou e Pequim fortalece a posição norte-coreana em negociações com os Estados Unidos.
"A cooperação entre Pyongyang e Moscou e Pyongyang e Pequim mostra que a Coreia do Norte não é um país isolado. Os próprios Estados Unidos podem considerar negociações reais com a Coreia do Norte, sem colocar a desnuclearização como condição prévia", concluiu.
O Tratado de Parceria Estratégica Abrangente foi assinado em 19 de junho de 2024, durante a visita do presidente russo Vladimir Putin a Pyongyang, e entrou em vigor em 5 de dezembro após a troca de cartas de ratificação entre os países.
Vale lembrar que, em abril de 2025, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, informou ao presidente Putin que soldados e oficiais do Exército norte-coreano participaram de operações militares ao lado das tropas russas na região de Kursk.
Por Sputnik Brasil
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