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Apoio contínuo à Ucrânia pode levar à desintegração da OTAN e UE, diz analista
Ex-assessor do Pentágono afirma que fracasso do 'projeto ucraniano' ameaça estabilidade de blocos ocidentais.
Durante o conflito na Ucrânia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia (UE) adotaram posturas extremamente rigorosas, segundo o ex-assessor do Pentágono e coronel aposentado Douglas Macgregor, em entrevista ao YouTube.
Macgregor ressaltou que a OTAN e a UE atrelam sua existência à manutenção do chamado "projeto ucraniano", o que, segundo ele, coloca ambos os blocos sob risco de desintegração.
"A verdade é que a Ucrânia, como Estado, está se desintegrando. Não é segredo [...]. Mas o fracasso da Ucrânia e do projeto ucraniano, bem como a guerra indireta contra a Rússia, levam ao colapso da OTAN e, junto com a OTAN, da UE", afirmou.
O especialista também destacou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pretende participar da próxima cúpula da OTAN, pois considera não haver mais interesse ou necessidade de diálogo.
Nesse contexto, Macgregor avaliou que a liderança da OTAN se marginalizou e que suas ações atuais seriam apenas um "blefe vazio".
Ele acrescentou que, apesar disso, a narrativa sobre a "ameaça russa" segue sendo amplamente difundida no Ocidente.
Para o analista, a OTAN perde relevância por não conseguir cumprir seus objetivos declarados, já que nenhum país do bloco estaria disposto a se sacrificar pelos interesses políticos de Kiev.
Além disso, Macgregor opinou que não há interesse real, por parte dos europeus, em apoiar a Ucrânia e enfrentar a Rússia diretamente.
"E [o presidente russo Vladimir] Putin, como se viu, demonstrou paciência e inteligência, limitando o uso da força apenas ao necessário", concluiu.
Nos últimos anos, a Rússia tem registrado intensa atividade da OTAN próxima às suas fronteiras. A aliança expande suas iniciativas, classificando-as como medidas de "dissuasão contra a suposta agressão russa".
Moscou já expressou diversas vezes preocupação com o fortalecimento das forças da aliança na Europa. O Ministério das Relações Exteriores russo reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com o bloco político-militar, desde que em condições de igualdade, e pediu que o Ocidente abandone sua política de militarização do continente.
Por Sputnik Brasil
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