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Haddad defende integração internacional para enfrentar facções criminosas
Ministro da Fazenda destaca importância da cooperação entre países para combater crimes transnacionais e fortalecer resultados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que 40 fundos são investigados no Brasil e 15 no exterior, totalizando 55. O titular da equipe econômica falou à imprensa após reunião com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, ocasião em que entregou documentos sobre as investigações da Operação Poço do Lobato, deflagrada pela Receita Federal no fim de novembro. A operação combateu um esquema financeiro ligado ao crime organizado, envolvendo investimentos no Estado de Delaware, nos EUA.
"Hoje, apesar dos acordos internacionais, essa relação não está tão estreitada como deveria, e se eles têm preocupação com facção, nós também temos. Mandamos uma lei antifacção, tornando mais rigorosas as punições e tudo mais, mas isso não vai resolver, o que vai resolver é a integração", defendeu o ministro.
Haddad afirmou estar "muito satisfeito" com a integração dos órgãos no Brasil e ressaltou a necessidade de ampliar essa cooperação para o cenário internacional. "Porque é transnacional, esses crimes são transnacionais. Eu saí muito animado da conversa, porque senti entusiasmo da parte dele, realmente senti que ele está otimista em relação ao que o governo norte-americano está propondo agora."
Segundo Haddad, os americanos vão apresentar uma proposta de parceria para tornar a relação mais efetiva. "Ela tem que produzir resultado, o acordo aqui é assim. Temos que produzir resultados, não adianta só uma política de boa vizinhança, nós temos que produzir resultados", enfatizou.
Tarifas
O ministro também comentou sobre a Lei Magnitsky e as tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros, afirmando que as questões devem ser resolvidas com as informações fornecidas. Ele destacou o impacto das tarifas para consumidores e empresas americanas que importam do Brasil. "Eu penso que vai evoluir o debate naturalmente, isso que já foi 50%, depois 38%, já está em 22%. Eu penso que nós vamos, aos poucos, superando esse mal-entendido, que não beneficiou ninguém, só prejudicou alguns empresários."
Haddad concluiu: "Não acredito que isso seja um caminho, temos que superar essa fase. E a melhor maneira de superar essa fase é colocando foco no que de fato importa, o que vai trazer bem-estar para as nossas sociedades."
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