A orla da Pajuçara será, mais uma vez, palco da Festa das Águas, celebração tradicional que marca todos os dias 8 de dezembro em Maceió. Realizada pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), a edição deste ano ocorre na próxima segunda-feira (8), a partir das 14h, reforçando a força da cultura afro-brasileira e a espiritualidade das religiões de matriz africana, com homenagens a Iemanjá, orixá das águas do mar.

A programação, que acontece no campo da Pajuçara, próximo à Roda Gigante, reúne o Afoxé Ofá Omim, Samba de Roda K’Posu Betá, Naná Martins com o grupo Inaê, o Coletivo Afro Caeté e a Orquestra de Tambores de Alagoas. Esses grupos representam a ancestralidade, o ritmo e a diversidade das tradições afro, com cortejos, toques, cânticos e manifestações que compõem um dos momentos mais simbólicos do calendário cultural de Maceió. O tradicional xirê do Ilê Axé Legionirê Nitó Xoroquê também integra a programação.

Encerrando a festividade, o Afoxé Filhos de Gandhy, um dos mais emblemáticos grupos afro do país, se apresenta pela primeira vez na capital alagoana, fortalecendo o sentimento de acolhimento e respeito às tradições do povo de axé.

Além de toda a movimentação cultural na orla da Pajuçara, o 8 de dezembro também é marcado por diversas manifestações religiosas que transformam o espaço em uma grande louvação a Iemanjá, reunindo terreiros de vários pontos de Alagoas que tradicionalmente celebram o Dia de Iemanjá.

Para o presidente da FMAC, Myriel Neto, o evento reafirma o compromisso do Município com a valorização das identidades culturais da cidade.

“A Festa das Águas é um dos eventos mais significativos para Maceió. Celebrar Iemanjá é também celebrar nosso povo, nossa história e a beleza da cultura afro, que constrói e fortalece essa cidade todos os dias, marcando um momento simbólico de respeito, reconhecimento e fortalecimento das tradições que nos formam”, destaca.

A Festa das Águas reforça o diálogo entre fé, tradição, cultura popular e resistência, reunindo comunidades, turistas e devotos para celebrar a força da Rainha do Mar e a potência da expressão afro-brasileira.