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Ataques aos Nord Stream criam paradoxo econômico na Europa, aponta especialista
Analista russo afirma que destruição dos gasodutos elevou custos e ameaça metas da OTAN até 2030.
A crise energética desencadeada na Europa após o ataque aos gasodutos Nord Stream coloca em risco o cumprimento do plano OTAN-2030, segundo o analista militar russo Aleksei Leonkov, em entrevista à Sputnik.
De acordo com Leonkov, a destruição das infraestruturas ocorreu "com o consentimento silencioso da Europa" e provocou impactos profundos na economia do bloco.
Ele avalia que a interrupção do fornecimento de gás barato resultou em aumento generalizado dos custos de produção.
"Está acontecendo uma crise econômica e energética. O ataque aos Nord Stream, que ocorreu com o consentimento silencioso da Europa, levou ao fim da energia barata. Tudo o que vocês produzem fica mais caro", afirmou.
O especialista destacou ainda que o material bélico europeu está ficando mais caro do que o estadunidense, mesmo com tarifas adicionais. "Esse é o paradoxo que vemos agora", avaliou Leonkov.
Apesar das dificuldades, o analista alerta que os objetivos estabelecidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não foram cancelados.
"As metas do plano OTAN-2030 continuam. Até 2030, os exércitos europeus devem se rearmar totalmente com armas convencionais e ampliar seus efetivos. Mas nos últimos cinco anos isso não foi cumprido, e restam apenas mais cinco", explicou.
Segundo Leonkov, a forma encontrada pelos governos europeus para justificar a continuidade do programa tem sido a intensificação do discurso de ameaça.
"A solução tem sido criar tensão, dizendo que a Rússia vai 'devorar' a Ucrânia e depois avançar para a Europa", concluiu.
Nos últimos anos, o Kremlin vem denunciando o aumento das atividades militares da OTAN nas proximidades de suas fronteiras. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com a aliança, mas em condições de igualdade e respeito mútuos, alertando que o Ocidente deve abandonar sua política de militarização no continente europeu.
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