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Dólar recua com expectativa de corte de juros nos EUA e análise do PIB brasileiro

Moeda americana opera em baixa diante da possível redução de juros pelo Fed e manutenção da Selic; dados do PIB e votações no Congresso também influenciam o mercado.

04/12/2025
Dólar recua com expectativa de corte de juros nos EUA e análise do PIB brasileiro
Dolar - Foto: Reprodução

O dólar segue em baixa no mercado à vista, refletindo a perspectiva de ampliação do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) corte os juros na próxima semana, enquanto a taxa Selic deve permanecer em 15% pelo menos até o início de 2026. Esse cenário contribui para aliviar as pressões sobre o real, mesmo diante do aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior neste mês.

Investidores acompanham os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre, que impulsionam o Ibovespa futuro a renovar recorde, ultrapassando os 163 mil pontos, em meio a um leve apetite por ativos de risco no exterior.

No terceiro trimestre, o PIB do Brasil cresceu 0,1% na comparação trimestral, abaixo da mediana das estimativas do mercado (0,2%), mas registrou alta de 1,8% em relação ao mesmo período de 2024, superando a expectativa de 1,7%.

Os aluguéis residenciais desaceleraram a alta para 0,37% em novembro, após avanço de 0,57% em outubro, segundo o IVAR da FGV/Ibre. Em 12 meses, o índice acumula alta de 6,92%, acima dos 5,58% registrados até outubro.

No radar dos investidores estão ainda os desdobramentos da votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, marcada para as 11h desta quinta-feira, 4, no plenário do Congresso, e o 3º Fórum JOTA, que reúne ministros do STF, integrantes do governo e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O evento ocorre em meio a uma nova crise institucional entre STF e Congresso, após liminar do ministro Gilmar Mendes que restringiu ao procurador-geral da República os pedidos de impeachment de ministros do Supremo.

Nos Estados Unidos, o mercado aguarda os pedidos semanais de auxílio-desemprego, previstos para as 10h30, e a fala da vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, às 14h.