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Bebê de um ano está entre os 159 mortos em incêndio em complexo residencial em Hong Kong
Autoridades investigam suspeita de sabotagem em alarmes e materiais irregulares em obra de reforma; vítimas incluem moradores de 1 a 97 anos.
O número de mortos no incêndio em um prédio residencial de Hong Kong subiu para 159 nesta quarta-feira, 3. As autoridades prenderam mais seis pessoas sob suspeita de desativarem alguns alarmes de incêndio durante trabalhos de manutenção no complexo habitacional. A vítima mais jovem era um bebê de um ano, segundo a polícia, enquanto a mais velha tinha 97 anos.
A polícia informou ter concluído as buscas por corpos em sete dos oito prédios residenciais atingidos pelo incêndio, que começou na quarta-feira passada, 26 de novembro, e só foi extinto na sexta-feira, 28. Cerca de 30 pessoas ainda estão desaparecidas.
"Ainda não terminamos nosso trabalho", declarou o comissário de polícia Joe Chow a repórteres, acrescentando que foram encontrados ossos suspeitos de serem humanos em diferentes apartamentos. Testes de DNA serão realizados para identificar os restos mortais. As buscas também seguem nos montes de andaimes de bambu caídos, para verificar se há mais vítimas soterradas.
O incêndio teve início no Wang Fuk Court, no distrito suburbano de Tai Po, que passava por uma reforma de longa duração. Os edifícios estavam cobertos por andaimes de bambu e redes verdes.
Na terça-feira, 2, a polícia e o órgão anticorrupção de Hong Kong já haviam informado a prisão de 15 pessoas, enquanto seguem as investigações sobre corrupção e negligência nas obras. Segundo autoridades, redes de náilon de baixa qualidade e placas de espuma instaladas nas janelas contribuíram para a rápida propagação das chamas.
Chris Tang, secretário de Segurança de Hong Kong, afirmou que a polícia investiga o Centro de Inspeção e Testes de Binzhou, na China, responsável pelo certificado de segurança das redes utilizadas na construção. O governo local anunciou que todas as redes externas de andaimes serão removidas de centenas de prédios em obras, e os materiais só poderão ser reinstalados após novos testes.
Além dos problemas estruturais, moradores e autoridades relataram que alguns alarmes de incêndio não funcionaram no início do fogo, embora a extensão dessa falha ainda não esteja clara.
As seis pessoas presas nesta quarta-feira são suspeitas de terem desativado alarmes de incêndio durante a reforma e foram detidas por supostamente prestarem falsas declarações ao corpo de bombeiros. A causa inicial do incêndio segue em investigação.
Dentre os 159 mortos, 19 ainda não foram identificados. Entre as vítimas, estavam dez migrantes que trabalhavam como empregados domésticos, sendo nove da Indonésia e um das Filipinas, além de um bombeiro.
Com informações da Associated Press.
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