Geral
Bolsas europeias encerram pregão sem rumo definido em meio a dados divergentes e tensões geopolíticas
Índices europeus oscilam diante de indicadores econômicos mistos, declarações de Lagarde e impasse Rússia-Ucrânia.
As bolsas da Europa fecharam sem direção nesta quarta-feira, 3, em sessão marcada por volatilidade. Investidores digeriram PMIs (índice de gerentes de compras) melhores do que o esperado na zona do euro, mas passaram a operar com cautela diante de dados divergentes dos Estados Unidos e das declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,10%, aos 9.692,07 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,12%, a 23.682,45 pontos. Paris registrou alta de 0,16% no CAC 40, a 8.087,42 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,06%, a 43.380,64 pontos. Madri teve destaque com o Ibex 35 subindo 0,74%, a 16.595,00 pontos. Já Lisboa viu o PSI 20 ganhar 0,12%, a 8.219,65 pontos. As cotações ainda são preliminares.
Os PMIs de serviços acima do esperado na zona do euro e no Reino Unido deram algum suporte aos mercados europeus. No entanto, dados dos EUA – com sinais de arrefecimento do mercado de trabalho e leituras divergentes dos PMIs – reduziram o ímpeto dos investidores. O sentimento de risco também foi afetado pela pressão sobre o setor de tecnologia em Wall Street. Em evento, Lagarde alertou para uma "concentração de riscos" no setor e destacou a elevada incerteza quanto ao crescimento da zona do euro.
Outro fator de influência foi a dificuldade em avançar em uma solução negociada para a crise Rússia-Ucrânia, o que impulsionou o subíndice aeroespacial e de defesa, que subiu 1,35%.
Entre as companhias, a Inditex, controladora da Zara, saltou mais de 8,82% após apresentar sólidos resultados trimestrais, sustentando o índice de Madri. Por outro lado, a Hugo Boss caiu cerca de 9,9% ao revisar para baixo suas projeções e prever um ano mais desafiador. Já a Airbus avançou 3,75% mesmo após reduzir sua meta de entregas, mantendo as projeções financeiras. Um upgrade do UBS levou a Stellantis a subir mais de 7%, com destaque para a recuperação da empresa nos EUA.
Em Londres, a mineradora Glencore valorizou mais de 6% após cortar a projeção de produção de cobre, mas anunciar maior investimento para 2025, fortalecendo sua estratégia de longo prazo em meio ao rali do cobre.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados