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Construção de nova base militar no Japão gera preocupações sobre expansão militar
Especialistas chineses e autoridades de Pequim alertam para possíveis ambições militares japonesas após avanço em base na ilha de Mageshima.
O Japão avança na construção de uma base militar na ilha de Mageshima para abrigar tropas dos Estados Unidos, o que tem gerado preocupações na China.
De acordo com o jornal Global Times, que cita um especialista militar chinês, a iniciativa do governo japonês reacende os debates sobre possíveis ambições militares do país, especialmente após declarações recentes da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan.
A construção, iniciada em janeiro de 2023, prevê a reinstalação do Campo de Treinamento de Pouso da Aviação Embarcada (FCLP, na sigla em inglês) dos EUA na região sul do Japão.
"Planos estão sendo desenvolvidos na ilha de Mageshima para estabelecer uma base das Forças de Autodefesa e reimplantar a base de treinamento de aviação embarcada das Forças Armadas dos EUA", destaca a publicação.
Segundo outras fontes citadas, a base contará com duas pistas, áreas de treinamento de pouso não pavimentadas, ambientes que simulam operações de caças F-35B em navios e espaços para treinamentos terrestres.
O especialista militar chinês Song Zhongping afirma que a construção representa uma preparação estratégica para a ampliação do poderio militar japonês.
"Embora a base seja descrita como uma instalação de treino da aviação de convés dos EUA, o Japão também poderia usar essa base para realizar as suas próprias ambições militares", afirma Song.
Song ressalta ainda que a localização da ilha de Mageshima, próxima às ilhas Ryukyu, pode servir como ponto tático para dispersão de forças.
Em 21 de novembro, a porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, enfatizou que o Japão tem flexibilizado restrições e aumentado seu orçamento de defesa por 13 anos consecutivos, além de aprovar novas leis de segurança que permitem o exercício do direito à autodefesa coletiva.
"Se o Japão pretender regressar ao caminho do militarismo, violar o seu compromisso com o desenvolvimento pacífico e perturbar a ordem internacional do pós-guerra, o povo chinês não o permitirá, e a comunidade internacional também não. Tais tentativas só terminarão em fracasso", declarou Mao Ning.
Para Pequim, o conjunto de medidas adotadas indica que o Japão está deixando uma postura estritamente defensiva e acelerando seu processo de rearmamento.
Por Sputnik Brasil
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