O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (1º) que peritos médicos da Polícia Federal (PF) realizem uma avaliação em Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, atualmente preso em regime fechado, para confirmar se ele realmente possui a doença de Alzheimer.

Moraes é o relator do processo que condenou Heleno por tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também foi sentenciado e está preso por esse e outros crimes.

Na decisão, o ministro destacou que a defesa do general apresentou "informações contraditórias" sobre o diagnóstico. Ao ser detido na semana passada, Heleno afirmou que possui Alzheimer desde 2018, enquanto a defesa alegou que o diagnóstico foi fechado apenas no início deste ano. O ex-ministro foi condenado a 21 anos de prisão. Segundo os advogados, ele também possui histórico de transtornos depressivos e de ansiedade.

Heleno foi preso na última terça-feira (25), juntamente com Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, ambos encaminhados ao Comando Militar do Planalto, em Brasília. Paulo Sérgio foi condenado a 19 anos de reclusão.

De acordo com o STF, os militares integravam o núcleo principal da tentativa de golpe. Ambos foram considerados culpados por crimes como dano qualificado pela violência, deterioração de patrimônio tombado, grave ameaça contra patrimônio da União, organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.