As bolsas da Europa encerraram a sessão desta terça-feira, 25, majoritariamente em alta, impulsionadas pela expectativa em torno do Orçamento de Outono do Reino Unido, que será apresentado nesta quarta-feira pela ministra das Finanças, Rachel Reeves. O mercado também monitora possíveis avanços em um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, além de sinais sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

Em Londres, o FTSE 100 registrou alta de 0,78%, atingindo 9.609,53 pontos. O DAX, em Frankfurt, avançou 0,95%, a 23.460,08 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, subiu 0,83%, fechando em 8.025,80 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cresceu 0,95%, a 42.698,66 pontos. O Ibex 35, de Madri, teve ganhos de 1,08%, alcançando 16.140,90 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,03%, a 8.049,50 pontos. Os dados são preliminares.

Segundo a Capital Economics, o debate sobre o orçamento britânico deve se concentrar na intensidade do ajuste fiscal necessário para cumprir as regras autoimpostas pelo governo e na combinação de aumentos de impostos e contenção de gastos para atingir esse objetivo.

De acordo com o Financial Times, Rachel Reeves deve reduzir o limite anual das Contas Individuais de Poupança (ISA, na sigla em inglês) em dinheiro para 12 mil libras, numa tentativa de direcionar mais recursos ao mercado acionário. Nesta terça-feira, as ações dos principais bancos britânicos, como Lloyds (+3,66%), Natwest (+3,91%) e Barclays (+2,32%), avançaram diante da expectativa de que possam ser poupados de aumentos de impostos.

No cenário geopolítico, as incertezas em torno de um possível acordo que possa aliviar as tensões no Leste Europeu deixaram os papéis do setor de defesa sem direção única. A Rheinmetall e a Renk subiram 1,3% e 4,4%, respectivamente, enquanto a alemã Hensoldt recuou 0,3%, segundo cotações preliminares.

No campo macroeconômico, o escritório de estatísticas da Alemanha, Destatis, informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou estável no terceiro trimestre de 2025 em relação aos três meses anteriores, conforme a leitura preliminar.

Entre os destaques corporativos, a Novo Nordisk valorizou 4,53% após anunciar que seu novo medicamento experimental para perda de peso resultou em redução significativa do peso e dos casos de diabetes, tanto na versão injetável quanto em comprimido, durante estudo de fase intermediária, segundo o The Wall Street Journal.