Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou nesta segunda-feira, 24, durante encontro com banqueiros, que o governo federal tem papel decisivo na consolidação fiscal do país. Segundo Durigan, o Brasil alcançou os melhores resultados das contas públicas em uma década e, para 2025, a expectativa é de cumprimento da meta fiscal, com projeção de primeiro superávit primário em vários anos para 2026.

“Contra todo o ceticismo, cumprimos a meta de resultado primário em 2024 e vamos cumprir mais uma vez em 2025, não sem muito trabalho. Projetamos para 2026 o primeiro superávit em muitos anos que o Brasil não tem”, destacou o número 2 da Fazenda, em discurso durante almoço anual promovido pela Febraban, a federação dos bancos.

Apesar do cenário positivo, Durigan alertou para a necessidade de manter atenção constante à questão fiscal. Ele ressaltou que a economia brasileira vive um momento de recuperação, após anos de dificuldades.

Entre os avanços, Durigan citou o crescimento da atividade econômica em ritmo não visto desde a primeira década dos anos 2000, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e a criação de quase 5 milhões de empregos formais desde 2023.

De acordo com o secretário, a política econômica do governo tem como base três compromissos fundamentais: responsabilidade fiscal, justiça social e sustentabilidade ecológica.

Durigan ainda destacou que o governo realizou o maior ajuste fiscal dos últimos 30 anos, combinando aumento de receitas e contenção de despesas. Entre 2023 e 2024, o ajuste fiscal foi de 1,7 ponto percentual do PIB segundo o Tesouro Nacional e, pelo critério do Banco Central, o ajuste chegou a 2,03 pontos percentuais do PIB.