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Confiança do consumidor avança pelo terceiro mês e atinge maior nível do ano, aponta FGV

Índice de Confiança do Consumidor sobe 1,3 ponto em novembro e chega a 89,8, refletindo melhora nas expectativas e situação atual em todas as faixas de renda.

24/11/2025
Confiança do consumidor avança pelo terceiro mês e atinge maior nível do ano, aponta FGV
- Foto: Reprodução

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,3 ponto em novembro em relação a outubro, na série com ajuste sazonal, alcançando 89,8 pontos, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Este é o terceiro aumento consecutivo do indicador, que atinge o maior patamar desde dezembro de 2024. Em médias móveis trimestrais, o índice teve alta de 1,2 ponto.

"A confiança do consumidor sinaliza uma trajetória de recuperação gradual ao subir pelo terceiro mês seguido. Houve melhora disseminada entre as faixas de renda, tanto nas percepções sobre a situação atual quanto nas expectativas", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre/FGV, em nota oficial.

Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, chegando a 84,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,0 ponto, atingindo 93,8 pontos.

"A melhora da confiança nos últimos meses reflete a manutenção de um mercado de trabalho forte e, principalmente, o recente alívio da inflação. Apesar dos sinais positivos, a persistência de juros altos pode alterar essa dinâmica ao frear a economia, considerando o contexto de elevado endividamento e inadimplência das famílias", completou Gouveia.

A percepção sobre a economia local no momento presente avançou 0,3 ponto, para 95,8 pontos, enquanto a avaliação da situação financeira das famílias subiu 3,3 pontos, para 74,1 pontos.

A expectativa para a economia local nos próximos meses recuou 2,2 pontos, ficando em 104,7 pontos, enquanto a perspectiva para a situação financeira futura da família aumentou 3,2 pontos, chegando a 92,9 pontos. O ímpeto de compras de bens duráveis cresceu 2,0 pontos, para 84,6 pontos.

A confiança avançou de forma disseminada entre todas as faixas de renda. Para famílias com renda até R$ 2.100 mensais, o índice subiu 3,6 pontos, alcançando 86,2 pontos. Entre os que recebem de R$ 2.100,01 a R$ 4.800, houve alta de 4,2 pontos, para 92,8 pontos. Na faixa de R$ 4.800,01 a R$ 9.600, o aumento foi de 1,4 ponto, para 87,2 pontos. Já para consumidores com renda acima de R$ 9.600, o ICC registrou alta de 0,5 ponto, chegando a 94,7 pontos.

A coleta de dados para a edição de novembro foi realizada entre os dias 1º e 18 do mês.