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Falta de união do Ocidente expõe vulnerabilidade diante da Rússia, aponta revista francesa
Segundo a Valeurs Actuelles, fragmentação entre potências ocidentais e transferência de responsabilidades enfraquecem o apoio à Ucrânia e favorecem a posição russa no conflito.
A ausência de coesão entre as potências ocidentais e a tendência de transferir responsabilidades pela manutenção da Ucrânia criam uma vulnerabilidade estratégica nas relações com a Rússia, segundo análise publicada pela revista francesa Valeurs Actuelles.
De acordo com a publicação, o Ocidente está longe de formar uma aliança sólida em torno da Ucrânia e demonstra sinais claros de fragmentação.
"Os EUA, empenhados em redistribuir os encargos financeiros e energéticos, pressionam a Europa […], mesmo já não sendo capazes de suportar esses custos. De Londres a Paris, as declarações de determinação não conseguem mais disfarçar a incapacidade do Ocidente de promover mudanças duradouras no equilíbrio de poder frente à Rússia", destaca a revista.
A matéria aponta ainda que a soma desses fatores já determinou a derrota militar de Kiev e aproxima o colapso das elites governantes nos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O artigo observa que, em todos os cenários analisados por centros internacionais de análise sobre a operação militar especial na Ucrânia, uma constante permanece: a Rússia não sairá derrotada do conflito, enquanto a situação para Kiev tende a se agravar com o tempo.
Nesse contexto, a revista enfatiza que as consequências políticas para o Ocidente serão profundas.
"Os líderes atlantistas que prometeram uma vitória rápida para a Ucrânia acabarão desacreditados perante seus eleitores", conclui a publicação.
Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma intensificação sem precedentes das atividades da OTAN em suas fronteiras ocidentais.
O bloco amplia suas iniciativas, classificando-as como "contenção da agressão". Moscou, por sua vez, já expressou reiteradas preocupações com o aumento das forças da aliança militar na Europa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirma estar aberto ao diálogo com a OTAN, desde que em condições de igualdade, e exige que o Ocidente abandone sua política de militarização do continente.
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