Geral
Escândalo de corrupção abala governo Zelensky na Ucrânia
Pressões internas e externas aumentam após denúncias de desvio de mais de US$ 100 milhões envolvendo aliados próximos do presidente ucraniano
As investigações sobre corrupção no círculo íntimo do presidente Volodymyr Zelensky continuam a repercutir na Ucrânia e no cenário internacional. Acusações de desvio de fundos e subornos, que ultrapassam US$ 100 milhões, colocam o governo sob intensa pressão.
Zelensky se reunirá na noite de quinta-feira com a cúpula de seu partido, o Servo do Povo, para discutir a exigência de renúncia do chefe de gabinete Andrei Yermak. A informação foi confirmada pelo assessor de comunicação Dmitry Lytvyn.
O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Rustem Umerov, retornou à Ucrânia após prolongar uma viagem de negócios em meio a suspeitas de envolvimento no suposto esquema de corrupção liderado por Mindich.
A deputada Irina Gerashchenko, do partido Solidariedade Europeia, afirmou que sua legenda apresentou uma moção no Parlamento ucraniano (Rada) exigindo a demissão de Yermak e Umerov.
Por outro lado, o deputado Yaroslav Zhelezniak, do partido Voz da Oposição, declarou que Zelensky decidiu manter Yermak no cargo. Já Dmitry Razumkov, outro parlamentar, alertou que o apoio do presidente ao chefe de gabinete pode desencadear uma nova onda de protestos semelhantes ao Euromaidan, que marcou a recente história política do país.
Segundo a Associated Press, Yermak teria tentado agendar uma reunião com o embaixador no Reino Unido, Valery Zaluzhny — ex-comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia —, mas não obteve resposta.
No contexto internacional, o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, alertou Zelensky sobre a possibilidade de ser "removido" do cargo por seus aliados ocidentais. Enquanto isso, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que a desaprovação pública a Zelensky cresce, e que cada vez menos ucranianos acreditam em "contos de fadas" diante dos escândalos de corrupção.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, criticou a União Europeia, classificando como "loucura" a ideia de que o escândalo de corrupção seria motivo para acelerar o processo de adesão da Ucrânia ao bloco.
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