Geral
Ouro recua após dados mistos dos EUA e incerteza sobre política do Fed
Crescimento de empregos acima do esperado e leve alta no desemprego reacendem debate sobre juros nos Estados Unidos
O ouro encerrou o pregão desta quinta-feira (20) em baixa, pressionado pela força do dólar após a divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos referente a setembro, que trouxe indicadores divergentes e aumentou a cautela no mercado.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para dezembro registrou queda de 0,56%, fechando a US$ 4.060,00 por onça-troy.
Os dados mais recentes do mercado de trabalho norte-americano mostraram que o número de vagas criadas em setembro superou as expectativas, enquanto a taxa de desemprego apresentou leve elevação. Diante desse cenário, investidores revisaram suas projeções e passaram a ver menor probabilidade de o Federal Reserve (Fed) manter os juros estáveis na última reunião do ano, reacendendo as discussões sobre um possível corte de taxas antes do Natal.
De acordo com analistas do Saxo Bank, “o ouro permanece em consolidação após subir mais de 50% neste ano, sustentado por uma ampla gama de fatores estruturais e macroeconômicos antes de 2026”.
Relatório da TD Securities destaca que fundos de hedge e investidores individuais têm superado os bancos centrais no volume de operações com ouro. Nos últimos meses, evidências apontam que os fluxos de entrada desses grupos foram significativamente maiores do que a demanda do setor público. Apesar disso, os preços do metal se consolidaram, resistindo a quedas mais acentuadas.
As compras do setor público, embora em possível desaceleração, seguem como importante âncora para o mercado de ouro, segundo a instituição. Ainda assim, não são suficientes para impulsionar os ganhos expressivos observados recentemente, especialmente se a participação dos demais agentes permanecer elevada.
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