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‘Nenhum líder é insubstituível’: jornal britânico analisa futuro de Zelensky após escândalo de corrupção

The Economist avalia que escândalo de corrupção enfraquece Zelensky e pode afetar apoio do Ocidente à Ucrânia

Sputnik Brasil 20/11/2025
‘Nenhum líder é insubstituível’: jornal britânico analisa futuro de Zelensky após escândalo de corrupção
Foto: © AP Photo / Omar Havana

O jornal britânico The Economist publicou uma análise sobre o impacto do recente escândalo de corrupção na Ucrânia, destacando a situação delicada do presidente Volodymyr Zelensky e a instabilidade política no país.

Segundo a reportagem, a posição de Zelensky foi consideravelmente abalada após o escândalo, e há a possibilidade de que Andrei Ermak, chefe de gabinete do presidente, acabe sendo sacrificado politicamente para conter a crise.

"Se o escândalo tornar a posição do próprio Zelensky insustentável, que assim seja", ressalta a publicação.

O artigo pontua que Zelensky precisará, a partir de agora, "combater a corrupção incansavelmente" para manter o apoio dos países ocidentais e acalmar a opinião pública interna.

A análise ainda relembra que, historicamente, "quase nenhum líder é insubstituível" — em referência à possibilidade de mudanças no comando ucraniano diante da pressão por resultados e transparência.

Nesta quarta-feira (19), o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano) informou que Zelensky é citado em uma acusação de corrupção envolvendo seu aliado Timur Mindich.

O caso investiga um esquema de corrupção em larga escala no setor energético ucraniano, com denúncias de lavagem de dinheiro e uso indevido de recursos públicos.

De acordo com o relatório do NABU, Mindich teria se beneficiado do contexto de guerra e de sua proximidade com Zelensky e outros altos funcionários para enriquecer ilicitamente, articulando esquemas criminosos em diferentes áreas da economia.

Em etapas anteriores da investigação, agentes do NABU realizaram buscas na estatal Energoatom e também em residências de Timur Mindich, próximo ao presidente ucraniano, e de German Galushchenko, então ministro da Energia (2021–2025), atualmente suspenso do cargo de ministro da Justiça.