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Lula exalta participação popular e reforça apelo por fundos ambientais na COP30
Presidente destaca protagonismo do povo brasileiro, celebra aporte alemão ao Fundo Florestas Tropicais e cobra compromisso financeiro de países ricos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quarta-feira (19), em entrevista coletiva, a expressiva participação popular na COP30, realizada em Belém, e reforçou a importância do debate sobre a crise climática, além de cobrar dos países ricos mais recursos para a preservação ambiental.
Durante o encontro com a imprensa, o governo brasileiro anunciou um aporte alemão de € 1 bilhão (aproximadamente R$ 6,15 bilhões) ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), fundo que recompensará países tropicais que evitarem o desmatamento.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez o anúncio pouco antes da fala de Lula, que classificou a COP de Belém como a melhor já realizada, graças ao envolvimento do povo brasileiro.
Lula ressaltou a hospitalidade de Belém e afirmou que o mundo precisa conhecer a região onde está localizada a floresta Amazônica para compreender a importância do bioma.
Segundo o presidente, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) em Belém superou edições anteriores porque, no Brasil, "o povo foi mais povo".
"Essa pode ser chamada de a primeira COP do mundo inteiro. Aqui pode ter gente do mundo inteiro fazendo manifestações."
O presidente também destacou a necessidade de líderes de países desenvolvidos reconhecerem a importância de contribuir financeiramente para a preservação do planeta.
"A questão do clima não é mais apenas uma visão acadêmica, ou de meia dúzia de intelectuais ou ambientalistas. A questão climática é uma coisa muito séria que coloca em risco a humanidade. É por isso que tratamos isso com muita seriedade. Todos os dirigentes do mundo precisam entender que cuidar do clima é cuidar da manutenção do planeta Terra, porque ainda não encontramos outro lugar para nós sobrevivermos", afirmou.
Lula acrescentou ainda que os bancos multilaterais deveriam financiar a transição energética e contribuir para o equilíbrio global, apoiando especialmente os países mais pobres.
"Precisamos convencer as pessoas de que os bancos multilaterais, que cobram uma exorbitância de juros dos países africanos e dos países pobres da América Latina, precisam transformar parte dessa dívida em investimento, para que a gente possa fazer com que a questão da transição energética seja verdadeira. As petroleiras e as mineradoras têm que pagar uma parte disso. Senão quem vai sofrer são as pessoas mais pobres."
Ao final da coletiva, o chefe do Planalto voltou a expressar sua satisfação com o evento e com os acordos firmados durante a COP30, afirmando que sai de Belém feliz e confiante, a ponto de sonhar com o fim do conflito na Ucrânia.
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