Geral
CVM torna réus chefe de gabinete de Ibaneis e governo do DF em processo envolvendo o BRB
Chefe de gabinete do governador e governo do Distrito Federal são citados em ação da Comissão de Valores Mobiliários sobre o Banco de Brasília; caso ocorre em meio a investigações sobre o Banco Master
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornou réus o governo do Distrito Federal e a chefe de gabinete do governador Ibaneis Rocha, Juliana Monici, em um processo que envolve o Banco de Brasília (BRB). Juliana responde na qualidade de membro do conselho fiscal do banco, controlado pelo governo do DF.
Segundo informações do site da CVM, ambos já foram citados. Os detalhes do processo não são públicos. Neste ano, uma ação popular foi aberta contra a nomeação de Juliana Monici para o conselho fiscal do BRB, sob alegação de possível conflito de interesse e prejuízo à sua capacidade de fiscalização. Procurado, o governo do DF não se manifestou.
Caso Master-BRB
A decisão da CVM ocorre em meio a investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre a gestão do Banco Master, que resultaram no afastamento do então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, nesta terça-feira (17).
Como revelou o Estadão, os investigadores identificaram indícios de que o Banco Master, sob comando de Daniel Vorcaro, teria vendido R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB, além de apresentar documentos falsos ao Banco Central para justificar a operação.
Esses valores teriam sido transferidos do BRB ao Master entre janeiro e maio deste ano, motivando uma ordem judicial para bloqueio de bens no mesmo montante. No total, o BRB chegou a transferir R$ 16,7 bilhões ao banco privado em um período mais amplo.
Também nesta terça-feira, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, menos de um dia após o Grupo Fictor manifestar interesse em adquirir a instituição.
Os fatos foram comunicados aos órgãos de investigação pelo próprio Banco Central, após a tentativa de aquisição do Master pelo BRB ser rejeitada.
Em nota, o BRB afirmou que "reforça que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".
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