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Deputados acionam MPF e PF por risco a aposentados do Rioprevidência
Após a liquidação do Banco Master, parlamentares pedem investigação sobre possível prejuízo bilionário aos fundos de aposentadoria de servidores do Rio de Janeiro.
O deputado estadual Flávio Serafini (Psol-RJ) e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT), acionaram nesta terça-feira, 18, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal para solicitar a abertura de investigação criminal e financeira sobre a gestão do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Rioprevidência), após a liquidação do Banco Master. Procurado pela reportagem, o governo do Estado não se manifestou.
O Rioprevidência é responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores estaduais civis e militares. Conforme dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) citados na representação de Serafini, o fundo mantinha R$ 2,618 bilhões aplicados até julho.
Segundo Serafini, "embora o Fundo Garantidor de Créditos tenha patrimônio para absorver parte do impacto, grandes investidores institucionais — como fundos previdenciários estaduais — podem sofrer perdas significativas, especialmente em posições acima dos limites garantidos".
O deputado solicita que o MPF investigue possível gestão temerária por parte do diretor-presidente do Rioprevidência, Deivis Marcon Antunes, e do ex-diretor de Investimentos, Euchério Lerner Rodrigues. Ele também pede apuração sobre eventual favorecimento ao grupo do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso nesta terça-feira, 18.
Serafini requereu a abertura de procedimento criminal, além da instauração de inquérito pela Polícia Federal, Banco Central e Receita Federal.
Já Lindbergh Farias solicita que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), além de presidentes, ex-presidentes da Rioprevidência, diretores financeiros, conselheiros e representantes do Banco Master envolvidos nas negociações, sejam ouvidos pela Polícia Federal.
"Caso se confirme que o Banco Master utilizou operações fraudulentas para atrair recursos de fundos públicos, a conduta se enquadra, em tese, nas hipóteses de gestão fraudulenta e de indução ao erro por meio de demonstrações financeiras manipuladas", afirma o deputado.
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