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Bolsas europeias recuam diante de aversão ao risco; mineradoras pressionam Londres

Mercados europeus registram forte queda influenciados por incertezas nos EUA e desempenho negativo de mineradoras britânicas

Patricia Lara 18/11/2025
Bolsas europeias recuam diante de aversão ao risco; mineradoras pressionam Londres
- Foto: Reprodução / Agência Brasil

As bolsas europeias operam em queda nesta terça-feira (18), refletindo a cautela dos mercados internacionais diante da divulgação de dados econômicos represados nos Estados Unidos e do aguardado balanço da Nvidia, referência global em chips de inteligência artificial. Em Londres, as mineradoras exercem forte pressão sobre o índice local.

Por volta das 7h13 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 1,08%, atingindo 565,51 pontos. No mesmo período, a Bolsa de Londres caía 1,05%, Paris recuava 1,21% e Frankfurt cedia 1,34%. Já Milão e Madri registravam quedas de 1,74% e 1,47%, respectivamente, enquanto Lisboa apresentava recuo de 1,25%.

Com a expectativa pela divulgação atrasada de indicadores econômicos dos EUA, após o término da paralisação do governo Trump, o mercado segue dividido quanto à próxima decisão do Federal Reserve (Fed). Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, as apostas apontam para uma manutenção da taxa de juros em 53,6% e para um corte de 0,25 ponto percentual em 46,4%, nesta terça-feira.

No mercado londrino, as mineradoras figuram entre as maiores baixas, com destaque para a Fresnillo, que caía 3,8%, e a Anglo American, com perda de 3,5%. O setor bancário também sente os efeitos negativos, com Standard Chartered e HSBC recuando 3,8% e 2,6%, respectivamente.

Em Milão, as ações da Telecom Italia registravam queda próxima de 4%, enquanto a montadora Stellantis recuava 3,9%. Ambos os papéis lideravam as perdas do índice FTSE MIB.

Em Amsterdã, as ações da AkzoNobel caíam 0,6%. A companhia e a Axalta anunciaram um acordo para uma fusão integral em ações, que dará origem a uma gigante global de revestimentos, avaliada em US$ 25 bilhões, incluindo dívidas. Os acionistas da AkzoNobel, sediada na Holanda, deterão 55% da empresa combinada, enquanto os acionistas da Axalta, com sede na Filadélfia, ficarão com os 45% restantes.

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