As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta segunda-feira (17), pressionadas pelo aumento das tensões geopolíticas entre China e Japão e pela cautela dos investidores antes da divulgação de resultados da Nvidia e de dados econômicos represados nos Estados Unidos.

O índice japonês Nikkei recuou 0,10% em Tóquio, aos 50.323,91 pontos. Empresas dos setores de turismo e varejo lideraram as perdas, refletindo o agravamento do clima diplomático. Pequim alertou Tóquio contra intervenções relacionadas a Taiwan e aconselhou cidadãos chineses a evitar viagens ao Japão. Um diplomata japonês deve visitar a China para tentar amenizar o impasse. No pregão, as ações das companhias aéreas Japan Airlines e ANA Holdings caíram 3,75% e 3,35%, respectivamente.

O conglomerado de lojas de departamento Isetan Mitsukoshi registrou desvalorização superior a 11%, enquanto a fabricante de cosméticos Shiseido e a proprietária da Muji, Ryohin Keikaku, recuaram 9,1% e 9,4%, respectivamente.

Turistas chineses representam a maior parcela de visitantes ao Japão. Segundo a Organização Nacional de Turismo do Japão, dos 25 milhões de turistas que estiveram no país nos primeiros nove meses do ano, quase um quarto veio da China.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 1,94% em Seul, aos 4.089,25 pontos, recuperando parte da forte queda de quase 4% registrada na sexta-feira.

Em outros mercados asiáticos, o Hang Seng cedeu 0,7% em Hong Kong, para 26.384,28 pontos, enquanto o Taiex subiu 0,2% em Taiwan, a 27.447,31 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto registrou baixa de 0,46%, a 3.972,03 pontos, enquanto o Shenzhen Composto teve leve alta de 0,01%, a 2.627,98 pontos.

A cautela também foi reforçada pela divulgação atrasada de dados econômicos dos EUA, após o fim da paralisação do governo Trump. Esses números devem influenciar a próxima decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros americanos.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou o pregão próxima da estabilidade, com o S&P/ASX 200 variando +0,02% em Sydney, aos 8.636,40 pontos.

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