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Lula tenta encontro com Trump em meio a tensão regional e tarifaço que afeta relação Brasil-EUA

O governo brasileiro acompanha com apreensão a escalada de tensão entre os EUA e países vizinhos como Venezuela e Colômbia, temendo impactos nas negociações comerciais com Washington. Em meio a tarifaço e ameaças militares, Lula tenta garantir um encontro com Trump para evitar desestabilização regional e avançar no diálogo bilateral.
O governo brasileiro acompanha com preocupação a escalada de tensão entre os Estados Unidos e países latino-americanos como Venezuela e Colômbia. A inquietação não se limita à instabilidade regional, mas também ao impacto direto nas negociações comerciais entre Brasil e EUA, especialmente no contexto do tarifaço imposto por Washington, segundo o G1.
A troca de ameaças entre Donald Trump e os governos de Nicolás Maduro e Gustavo Petro ocorre em um momento delicado para o Brasil, que tenta avançar em negociações técnicas com os norte-americanos. Após reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi acordado um encontro virtual entre equipes dos dois países para discutir os termos comerciais.
A crise bilateral teve início em julho, quando Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando práticas comerciais desleais e perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde então, Lula e Trump mantiveram contatos diplomáticos, incluindo uma ligação de 30 minutos em outubro, buscando reverter o impasse.
No entanto, no último domingo (19), Trump intensificou as críticas aos líderes latino-americanos, chegando a chamar Petro de "traficante de drogas ilegal" e ameaçando cortar subsídios à Colômbia. Petro respondeu acusando os EUA de assassinato após um ataque no Caribe.
A tensão se estende à Venezuela, onde Trump confirmou operações da CIA e sugeriu possíveis ações militares contra cartéis no país. O governo venezuelano mobilizou forças militares diante da possibilidade de invasão, enquanto os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista. Lula pretende abordar essa crise diretamente com Trump, alertando que uma intervenção militar poderia desestabilizar toda a América Latina.
O encontro entre os presidentes é considerado estratégico pelo Planalto, que trabalha para viabilizá-lo ainda em 2025, possivelmente durante a viagem de Lula à cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) na Malásia. A compatibilidade de agendas ainda é incerta, mas há empenho diplomático para concretizar o diálogo.
Fontes do governo brasileiro e da Casa Branca, ouvidas pela apuração, indicam que ambos os lados reconhecem a urgência do encontro. A expectativa é de que a reunião presencial entre Lula e Trump possa definir rumos para a relação bilateral, diante de pressões externas e riscos de agendas paralelas que ameacem a estabilidade regional e comercial.
Por Sputinik Brasil
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