A ativista sueca Greta Thunberg revelou nesta terça-feira (7) que ela e outros ativistas detidos da Flotilha Global Sumud, que seguia com ajuda humanitária rumo à Faixa de Gaza, foram submetidos a torturas em uma prisão israelense, informou a agência Reuters.

Segundo a agência, durante uma coletiva de imprensa em Estocolmo, Thunberg se recusou a entrar em detalhes, acrescentando que não recebeu água potável e que outros detidos não tiveram acesso a medicamentos essenciais.

"Pessoalmente, não quero falar sobre o que fizeram comigo, porque não quero que isso vire manchete nos jornais", disse.

Na última segunda (6), Israel deportou 171 ativistas detidos a caminho de Gaza, incluindo a sueca Greta Thunberg. A interceptação dos navios foi realizada pela Marinha israelense e as embarcações levadas para o porto de Ashdod.

Ao todo, pelo menos 40 barcos e quase 500 pessoas do Oriente Médio, Europa, América Latina, Sudeste Asiático e Estados Unidos participaram da flotilha humanitária. Entre eles, havia 13 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Após intensas negociações conduzidas pelo governo brasileiro, eles foram libertados também nesta terça.

O grupo planejava levar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza, que enfrentam grave situação de fome causada pelos quase dois anos de conflito. As autoridades de Israel, Itália e Grécia haviam proposto repetidamente que os ativistas descarregassem a ajuda em um dos portos do Mediterrâneo, de onde poderia ser enviada a Gaza por meios pacíficos.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou essas ações como uma provocação destinada a criar uma onda de informação negativa contra o país.