O escritor, jornalista, radialista, compositor e educador brasileiro José de Paiva Netto morreu nesta terça-feira (7), no Rio de Janeiro, aos 84 anos. A informação foi confirmada pela Legião da Boa Vontade (LBV), instituição da qual era presidente. Ele estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, mas as causas da morte não foram divulgadas.

Nascido em 2 de março de 1941, no Rio de Janeiro, Paiva Netto dedicou sua vida à comunicação, à literatura e ao trabalho social. Reconhecido por sua atuação na área social e educacional, esteve à frente da LBV por décadas, período em que a instituição se consolidou como um dos maiores movimentos humanitários do planeta, desenvolvendo projetos de assistência social, educação e comunicação voltados a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Entre suas contribuições está a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, linha educacional que busca integrar razão e sentimento no processo de aprendizagem, unindo valores espirituais e formação cidadã.

Sob sua liderança, a LBV conquistou reconhecimento internacional, mantendo há mais de 30 anos uma relação consultiva junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2000, criou o Fórum Mundial Espírito e Ciência, voltado ao diálogo entre ciência e espiritualidade.

Paiva Netto também foi o idealizador do Templo da Boa Vontade, em Brasília, inaugurado em 1989. O monumento ecumênico tornou-se um dos principais pontos de peregrinação da capital federal e foi eleito uma das Sete Maravilhas de Brasília.

Autor prolífico, escreveu diversas obras traduzidas para mais de 25 idiomas, incluindo versões em braile, alcançando a marca de 10 milhões de exemplares vendidos. Suas publicações e reflexões espirituais o tornaram um dos principais divulgadores do Evangelho-Apocalipse. Também colaborou com veículos de imprensa como Folha de S.Paulo, Jornal de Brasília, A Tarde e a revista Manchete e durante anos com esta Tribuna do Sertão com artigos semanais publicados no jornal impresso e site.

Figura de grande influência no campo social, educacional e espiritual, Paiva Netto deixa um legado de fé, solidariedade e compromisso com os mais vulneráveis. Sua trajetória marca profundamente a história da LBV e da comunicação humanitária no Brasil e no mundo.