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Reconhecimento da Palestina: Israel não tem soberania sobre territórios ocupados, diz diplomata
O Reino Unido, a Austrália e o Canadá reconheceram formalmente o Estado Palestino, reforçando que Israel não possui soberania sobre os territórios ocupados, segundo o vice-chanceler palestino Omar Awadallah. A medida fortalece a solução de dois Estados e desafia a política de anexação israelense na região.
Ao reconhecer a Palestina como um Estado independente, o Reino Unido, a Austrália e o Canadá confirmaram novamente que Israel não tem soberania sobre os territórios palestinos ocupados, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Palestina, Omar Awadallah, à Sputnik neste domingo (21).
"Com esta decisão, os países declaram que existe uma maneira prática de alcançar a solução de dois Estados, ou seja, o reconhecimento de um Estado palestino. Eles também deixam claro que desejam que o Estado da Palestina se torne parte integrante do Oriente Médio, pois sua criação trará segurança, estabilidade e paz [...]. Portanto, esses reconhecimentos confirmam, sem sombra de dúvida, a ausência de soberania israelense sobre os territórios palestinos ocupados, e que todos os países que anteriormente reconheceram Israel o reconhecem nas fronteiras de 1967, fora dos territórios palestinos ocupados", disse Awadallah em entrevista.
Isso vai contra a política colonial de Israel, que envolve a apropriação de terras pela força, a chamada "anexação" de territórios palestinos, ou impondo a soberania israelense sobre eles, disse o diplomata sênior da Autoridade Palestina.
Em agosto deste ano, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou o início do projeto E1, um assentamento que dividiria a Cisjordânia e isolaria Jerusalém Oriental, medida que, segundo seu gabinete, "enterraria" a possibilidade de um Estado palestino. A iniciativa representa uma escalada significativa na política de assentamentos israelenses, na contramão de tudo o que tem sido defendido na comunidade internacional sobre uma saída para o fim da guerra em Gaza.
De acordo com a Reuters, o projeto E1, que prevê 3.401 casas para colonos entre Maale Adumim e Jerusalém, havia sido congelado em 2012 e novamente em 2020, devido à oposição internacional. A retomada ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas, com aliados ocidentais condenando ações militares israelenses em Gaza e reconhecendo o Estado palestino.
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